A afirmação é do vice-presidente de Rating da agência norte-americana de rating AM Best, John Andre, ao explicar a importância da classificação de risco das seguradoras em tempos de crise econômica. “Embora a avaliação do País faça parte do processo, ela não limita a nota da seguradora”, esclareceu.

O executivo participou do seminário “Rating de Seguradoras – Visão Geral do Processo e seus Componentes”, promovido pela Escola Nacional de Seguros no dia 9 de março, em São Paulo (SP). Segundo ele, os resultados das classificações vêm sendo utilizados por empresas – para escolher parcerias-, por órgãos reguladores e por investidores.

“A diminuição da nota das seguradoras devido ao risco país não é automática. A nota será rebaixada somente se, por exemplo, o capital da companhia diminuir em decorrência do risco país. Neste caso, há revisão do rating e as empresas são avaliadas uma a uma”, completou o analista financeiro sênior da AM Best Scott Mangan, que também palestrou no evento.

Mangan explicou que os riscos econômico, político e financeiro, que inclui o mercado de seguros, compõem o risco país, por serem capazes de afetar a capacidade das seguradoras de cumprir com seus pagamentos e obrigações financeiras. “É difícil para o setor de seguros parecer saudável em um país muito instável”, concluiu.

Para Mangan, o gerenciamento de riscos é instrumento fundamental para que as empresas alcancem uma boa classificação. “O gerenciamento pode trazer benefícios para as empresas. Em vez de evitá-los, é preciso aceitá-los e lidar com eles. Normalmente quem nos solicita o rating já tem um bom processo de gerenciamento”, finalizou.

As apresentações poderão ser conferidas em breve no www.funenseg.org.br/download.

Fonte: Escola Nacional de Seguro