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Transportes: alta sinistralidade e boas oportunidades

23 de maio de 2015

sinistralidadeMesmo com a queda de 4,6% no faturamento do seguro de transportes em 2014, o ramo ainda é um dos mais promissores no Brasil, chegando a arrecadar em prêmios diretos o montante de R$ 2,743 milhões, somente no ano passado. Grande parte das commodities, entre outros produtos, como eletroeletrônicos, é distribuída através da malha rodoviária no País que, atualmente, possui mais de 1,6 milhão de quilômetros em todo território, fazendo com o que o seguro seja de grande importância para diversos setores. Um dos diferenciais que traz vantagens na comercialização da carteira é a obrigatoriedade da contratação do seguro de mercadorias transportadas, por meio do Decreto-lei 73/66, fazendo com que o ramo seja ainda mais atrativo.

“O seguro de transporte de carga tem uma significativa importância para proteger o patrimônio dos empresários, quer seja os donos das mercadorias ou transportadores de toda cadeia produtiva do País”, diz o coordenador da Comissão de Transportes do Sincor-SP, José Geraldo da Silva.

Segundo ele, o mercado encontra-se competitivo, aquecido e em busca de novos negócios, apesar do atual cenário econômico. “Esse ambiente desenha uma tendência a médio prazo, de queda da receita de prêmios e no aumento da sinistralidade. Ainda assim, teremos um pequeno crescimento em relação a 2014”, comenta.

A gerente de transportes da Porto Seguro, Rose Matos, acredita que a indústria sempre vai se manter forte, pois em épocas de crise as pessoas pensam muito em fazer seguro, por não admitirem perdas. “A dificuldade lembra oportunidade. Então, o mercado está abrindo para ver quais são as oportunidades que temos mesmo em um cenário adverso. Claro que a carteira de transportes roda conforme a economia, mas diante da crise ela cria oportunidades”, pontua.

Outra dificuldade do ramo é o índice de sinistralidade, que registrou um avanço no ano passado, saltando de 58,4% em 2013 para 67,6% em 2014. Rose ressalta que o número do roubo de cargas foi muito alto durante o período. “Percebemos que não só em quantidade, mas também em severidade, tivemos sinistros de roubo de maior volume, maior importância segurada. Então, o mercado como um todo sofreu muito.”

De acordo com especialistas da área, o gerenciamento de risco é o grande aliado na prevenção ao roubo de carga. Rastreamento e monitoramento do roteiro da carga, bloqueios, alarmes, escoltas, além de mecanismos de segurança para evitar acidentes, são utilizados pelas seguradoras para auxiliar o transportador a minimizar as perdas ou danos que possam ocorrer no transporte. No entanto, a executiva da Porto lembra que ainda há muito para se investir.

Atuação do corretor

Devido à dinâmica da carteira e a constante mudança do tipo de carga transportada, a atuação do corretor de seguros é imprescindível, aponta Rose, que destaca o papel do profissional como analista da operação do cliente, adequando o risco e deixando a apólice da maneira que o segurado precisa.

“Existem dois tipos de corretores: o que já é especialista, que sabe exatamente como funciona o seguro, e o corretor que não está totalmente convicto das condições e precisa ser treinado para isso. O que o corretor precisa na carteira de transporte é de treinamento, entender como funciona, vivenciar o seguro”, revela a gerente.

Já para o coordenador da comissão do Sincor-SP, o corretor é o único que pode contribuir na divulgação dos seguros de transportes. “Afinal é o principal elo de ligação da indústria do seguro com o consumidor final, embarcador e/ou transportador, destacando a obrigatoriedade do produto”, conclui José Geraldo.

Fonte: Comunicação Sincor-SP (JCS)