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Seguro de carro no DF sobe 18,7%

15 de fevereiro de 2016

Farmacêutico Sérgio Fernandes, de 46 anos, reclama do reajuste de preço do contrato de carros no Distrito Federal (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

Farmacêutico Sérgio Fernandes, de 46 anos, reclama do reajuste de preço do contrato de carros no Distrito Federal (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

Dados do IBGE apontam que o preço do contrato de seguros de carros no Distrito Federal aumentou 18,7% no ano passado, o maior reajuste entre as 13 capitais pesquisadas. O Sindicato dos Corretores (Sincor) diz que os principais fatores para a mudança são a criminalidade e o baixo índice de recuperação de veículos.

A Secretaria da Segurança Pública afirma que houve redução de 32,5% nos roubos de veículo no ano passado em comparação com 2014. As ocorrências passaram de 7.124 para 4.808.

Com relação aos furtos de veículos (quando não há uso de violência ou ameaça), a queda foi de 22,3% – de 8.353 mil, em 2014, para 6.490 casos em 2015. Segundo o presidente do Sincor, Dorival Alves de Sousa, os preços das peças dos veículos e da mão de obra são outros fatores que encarecem o serviço.

“O preço do seguro oscila de empresa para empresa. Nos últimos 12 meses, por exemplo, o valor aumentou de 15% a 25%. Há três anos, Brasília estava entre as capitais com os menores preços do serviço. Hoje, ela lidera o ranking do preço mais alto. A criminalidade e o baixo índice de recuperação de veículos são os principais fatores. Infelizmente, apenas 40% dos carros roubados são resgatados”, diz Sousa.

Nos últimos 12 meses, por exemplo, o valor aumentou de 15 a 25%. Há 3 anos, Brasília estava entre as capitais com os menores preços do serviço. Hoje, ela lidera o ranking do preço mais alto. A criminalidade e o baixo índice de recuperação de veículos são os principais fatores. Infelizmente, apenas 40% dos carros roubados são resgatados”
informa Dorival Alves, presidente do Sincor.

O farmacêutico Sergio Fernandes Mendonça, de 46 anos, se assustou com o reajuste entre 2014 e o ano passado. Morador de Sobradinho, ele conta que o seguro pago passou de R$ 1,9 mil para R$ 2,2 mil.

“O preço é relativamente alto. Acredito que se todos os automóveis fossem obrigados a contratar o seguro, o preço cairia. Com a mudança de preço, vai ser difícil renovar o serviço. Porém, terei que apertar de todo lado, economizar e pagar.”

Para Mendonça, ”é impossível” viver no DF sem seguro de carros devido à insegurança. “A violência tomou conta de Brasília. Eu sempre oriento os meus filhos a entregarem o carro em caso de assalto. Nossa vida em primeiro lugar.”

O levantamento do IBGE aponta que o custo médio do serviço em todo o país recuou 0,65%.  A segunda capital no ranking é Salvador, na Bahia, com 7,20% – mais de 10% de diferença em relação a Brasília. Fortaleza, no Ceará, ficou em terceiro, com 6,92%.

A professora Edna Filomena, de 51 anos, já teve um carro furtado e diz que apenas o medo da criminalidade a faz continuar a usar o serviço. Segundo ela, as empresas deveriam considerar o modelo do veículo e a quilometragem para avaliar o preço cobrado.

“O meu carro, por exemplo, só anda dentro da cidade. O valor pago na renovação não tem desconto e cabe ao consumidor procurar a melhor seguradora. Muitas cláusulas do contrato não ficam bem explícitas quando contratamos. Ano passado, precisei usar o carro reserva e foi tanta burocracia e valores exorbitantes que acabei não pegando. Só o valor do seguro ficou em R$ 2,3 mil para um Palio 2012”, diz.

Por nota, a Secretaria de  Segurança Pública informou que o roubo de carros é um dos cinco crimes contra o patrimônio monitorados de forma prioritária pelo programa Viva Brasília. “Desde o dia 8 de janeiro deste ano, a Polícia Militar e a Secretaria da Segurança Pública iniciaram a Operação Redução dos Índices de Criminalidade (RIC), que prevê o reforço de 600 policias no DF, dentro de um planejamento que segue análises e manchas criminais”, informa.

Fonte: G1