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Projeto de livro da Internacional de Seguros é lançado

19 de abril de 2017

Apesar de ter encerrado suas atividades em 1991, a Companhia Internacional de Seguros (CIS) permanece presente nas lembranças dos seus ex-funcionários. Os Amigos da CIS, grupo que reúne ex-colaboradores da companhia, corretores, segurados e simpatizantes, realizaram seu sétimo encontro no dia 29 de março, no restaurante do Circolo Italiano, com a presença de 24 pessoas.

Organizado por Adevaldo Calegari, o evento teve novidades. Uma delas foi apresentada por Rodolfo da Rocha Miranda, filho de Celso da Rocha Miranda, fundador da CIS. Como havia prometido, ele trouxe exemplares do livro O Semeador Celso da Rocha Miranda, de autoria de Tom Cardoso, que é resultado da recomposição histórica da trajetória do empresário trazida à tona pela Comissão da Verdade, em 2011.

“O livro nasceu dessa busca ao passado, da restauração das verdades, da recomposição da história, na época em que começamos a estudar e a rever os fatos na Comissão da Verdade. Mas, não foi feito para ser vendido ao público e sim para contar a história do grande empresário Celso da Rocha Miranda, morto aos 68 anos, e que nem mesmo os seus netos conheciam”, disse Rodolfo.

Outra novidade foi o projeto de um livro para contar a história da Companhia Internacional de Seguros, sob a responsabilidade do experiente jornalista e escritor Ricardo Viveiros. “Quando voltei do exílio, no começo dos anos 70, vim para São Paulo e fui abrigado pela Internacional de Seguros e por vocês, que me ajudaram a reconstruir minha vida”, disse.

Dividido em quatro partes, o livro trará a história pessoal de Celso da Rocha Miranda e suas ideias inovadoras, empreendedoras e até revolucionárias. Também mostrará sua contribuição à cultura do setor, durante o governo Juscelino Kubitschek, e o trabalho de seu irmão e braço direito Plácido da Rocha Miranda.

A quarta parte será reservada ao período mais difícil da vida do empresário durante o regime militar, época em que Internacional atingiu o auge (1977), ocupando o terceiro lugar no ranking do setor e, posteriormente, o declínio (nos anos 80), durante os altos e baixos da economia. “Esta parte termina com o encerramento das atividades da Internacional e o seu grande legado”, disse.

Os amigos

Calegari prestou homenagem a Silvio Gebram (Chico) pelos 80 anos da corretora Gebram, celebrados em dezembro do ano passado. Não passou despercebido de Chico o fato de três dos dez ícones do setor homenageados durante a festa da Gebram estarem presentes no encontro. “O Osmar Bertacini, o Hélio Opípari e o Rodolfo da Rocha Miranda receberam o troféu Marco Antonio Rossi. A Internacional foi a melhor seguradora graças a vocês”, disse.

Dentre os que participaram pela primeira vez do encontro, Roberto Westenberger, ex-superintendente da Susep, contou que teve uma breve, mas intensa, passagem pela Internacional entre 1983 e 1985. “Estava concluindo meu doutorado em atuária, quando conheci em Londres o Celso da Rocha Miranda. Cheguei à seguradora pensando que sabia tudo, mas vi que não sabia nada. Por isso, a Internacional para mim foi uma grande escola”.

Também pela primeira vez, Sueli Lima, hoje corretora de seguros, lembrou as amizades que conquistou na Internacional. Marcos Antonio Paturalski relatou o início de sua carreira como office-boy. “Foram anos maravilhosos”, disse. Tony Galvão revelou que depois de sair da seguradora se tornou um dos oito corretores de seguros especializados em transporte de valores no país.

Outro estreante, Luis Roberto Prebelli agradeceu a Ronald Kaufmann a importante orientação técnica recebida. “Foi um aprendizado completo que me deu a oportunidade e a bagagem para seguir na vida profissional”, disse. Já dentre os veteranos, Osmar Bertacini destacou que completará 55 anos de mercado de seguros no dia 7 junho, data que marca seu início na Internacional, na qual atuou por 22 anos. “Tenho orgulho do aprendizado e das amizades que conquistei”, disse.

Hélio Opípari relembrou causos pitorescos da época em que atuava como inspetor na Internacional, em Uberaba (MG). Foi nessa época que conheceu Karl Blindhuber, um alemão, que, a seu ver, era o maior homem de incêndio do país e cujos ensinamentos foram essenciais para a sua evolução na profissão.

Dentre os presentes, Rogério Alves foi o que mais tempo trabalhou na CIS. “Foram 30 anos dos meus 58 anos de seguros”. Ele lembrou-se das palavras de Plácido da Rocha Miranda quando o indicou para presidir uma das empresas da família. “Ele disse que eu era um homem de confiança da família e fiquei lisonjeado, porque sempre busquei corresponder essa confiança”.

Artur Santos relatou como reagiu ao contratar o então jovem promissor Roberto Westenberger. “Disseram-me que havia um menino vindo de Londres, com doutorado, e que era oportuno contratá-lo. Mesmo sem conhecê-lo, também achei oportuno. Ele fez parte de minha equipe e aquele foi o início de uma carreira brilhante”, disse.

Coube a Adilson Prata resgatar um documento que simboliza a excelência técnica da Internacional também na arte da escrita. Trata-se de uma justificativa para negativa de sinistro de automóvel causado por condutor não habilitado, assinada por Domingos Neri Penido, diretor superintendente, em 1983.

Os Amigos da CIS deverão se encontrar mais uma vez neste ano. Calegari aproveitou a oportunidade para “intimar” Chico Gebram a promover um novo churrasco para o grupo no seu sítio, em Jundiaí. “Pensei em setembro, quando poderemos comemorar também o aniversário do Chico”, disse.

Fonte: Márcia Alves