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Pais precisam ser figuras presentes na formação emocional dos filhos

22 de setembro de 2023

Neuropsicóloga alerta para que presença familiar seja mais constante contribuindo na construção da personalidade

A primeira infância, período que corresponde aos 6 anos iniciais de vida, é fundamental para os desenvolvimentos físico, emocional, cognitivo e cultural do ser humano. Nesse período, é essencial a construção de vínculos pela criança. Um dos mais importantes é a presença dos pais no dia a dia da formação da personalidade, seja em casa ou na escola. Durante a trajetória estudantil, os pequenos reproduzem na sala de aula comportamentos que vivenciam onde moram da mesma forma que compartilham no lar o que aprendem no colégio. Assim, é fundamental a integração entre a família e a escola.

Segundo a neuropsicóloga Fernanda Barreto, a família que acompanha de perto o processo de desenvolvimento e aprendizagem de uma criança tem mais chances de desenvolver adequadamente diferentes aspectos, como o social e o emocional. “É na infância que as crianças recebem bases fundamentais de valores sobre ética, sobre caráter, sobre segurança, sobre amor, tudo isso de maneira equilibrada, que vai ajudar no desenvolvimento e no futuro do indivíduo adulto”, afirmou.

Para ela, a família é onde a criança aprende a se relacionar, ter limites, desenvolver sua personalidade, descobrir seus gostos, receber amor, carinho, afeto. “É a família a principal fonte de desenvolvimento da criança. O importante é que, independente de onde a criança cresça, ela receba muito amor. Hoje, crianças que, por exemplo, não têm a figura materna presente, têm a maior probabilidade de apresentar problemas nos relacionamentos, não só na adolescência, mas na vida adulta”, analisou.

CRIANÇAS ATÍPICAS
Fernanda ainda chamou atenção para o assunto quando envolve famílias com crianças atípicas. “O que a gente observa? Que os pais, muitas vezes, colocam toda a responsabilidade do desenvolvimento da criança, das terapias – que são importantes – tudo nas costas das mães. Elas então acabam ficando extremamente sobrecarregadas e fragilizadas”, observou, pontuando que isso também reflete no resultado de terceirização do afeto e atenção.

São grandes os índices de abandono físico e emocional entre as mães de crianças com deficiência. “É importante que os pais entendam que tem que ter união. Os dois precisam estar ali, juntos, no acompanhamento e no tratamento, para que a demanda não acabe sobrecarregando a mãe ou deixando que ela fique extremamente fragilizada, desencadeando ansiedade ou até mesmo uma depressão”, acrescentou.

Gratta Comunicação