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Mercado de Seguros em Alagoas registra crescimento de 31,53%

30 de janeiro de 2022

Em onze meses do ano passado, o setor movimentou R$ 1,33 bilhão no Estado, contra R$ 1,01 bi gerado ao longo de todo o ano anterior

O mercado de seguros cresceu 31,53% de janeiro a novembro de 2021 em Alagoas, na comparação com todo o ano anterior, conforme divulgado pelo sistema de estatística da Superintendência de Seguros Privados (Susep). De acordo com os dados, em onze meses do ano passado, o setor movimentou R$ 1,33 bilhão, contra R$ 1,01 bi movimentado em todo o ano de 2020. Os números apontam que sem o DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), o mercado continuou em crescente, com 19,59%. O seguro patrimonial apresentou crescimento de 34,52% e o seguro de pessoas cresceu 23,99% no Estado.

O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de Alagoas (SIncor/AL), Gustavo Henrique Olímpio da Silva, que atua como corretor há 22 anos e tem uma corretora de seguros, a Humaitá, diz que os números confirmam que o mercado está em crescimento em meio à pandemia da Covid-19. “A pandemia chega de forma dura para as seguradoras. Depois de um ano com boa margem de lucro, diante da queda de acidentes que estimulam o pagamento de indenizações em 2020 diante das restrições de circulação, o primeiro semestre registra um tombo e tanto no ganho das companhias, como mostram os balanços financeiros. Não houve retração do mercado e sim maior procura”, disse Gustavo.

Conforme, ainda, o presidente, o lucro liquido do mercado segurador neste período foi de R$ 3,3 bilhões, uma queda significativa, de 58,87%, diante dos R$ 8,1 bilhões do primeiro semestre de 2020, segundo dados enviados pelas seguradoras para a Susep. A safra de balanços está apenas começando, com Bradesco, Itaú, BB Seguridade e Santander. Até o final do mês teremos mais informações além dos números da Susep.

“De acordo com a análise dos dados da Susep, a consultoria Siscorp elabora o ranking de lucro do setor. Pela primeira vez em anos, a Bradesco Seguros não está na liderança. Caiu para o terceiro lugar, superada pela BB Seguros e pela Caixa. Assim como ela, a maioria das companhias apresentam queda no ganho, apesar de vendas 19,5% maiores, para R$ 145 bilhões, R$ 23,61 bilhões a mais do que no mesmo período de 2020, um crescimento nominal de 19,4% em relação ao mesmo período de 2020. A sinistralidade do seguro de vida, individual e em grupo, atingiu 88,97% em junho deste ano, abaixo do observado em maio, quando foi de 96,9%. O seguro de vida em grupo contribuiu com a queda na sinistralidade, atingindo 94,1% em junho de 2021, abaixo dos 103,1% observado em maio”, diz o presidente.

A Bradesco, por ser a maior em vendas do Brasil, sofreu bastante, como revelou o balanço. No primeiro semestre, por sua vez, o resultado recuou 29,8%, para R$ 4,71 bilhões. O lucro da operação representou uma fatia de 17,8% do lucro do Bradesco, contra a contribuição de 33% no mesmo período anterior. Dois fatores pesaram: custos da pandemia e o descasamento entre passivos atrelados ao IGP-M e ativos em IPCA nos planos previdenciários antigos, nao mais comercializados há anos, mas com vários deles ainda ativos. “Existe um produto específico para cada classe social, que cabe dentro do orçamento familiar. O seguro de pessoa cresceu”, finaliza.

Os valores hoje estão mais alto, principalmente nos seguros de veículos devido ao cenário mundial de escassez de peça, mão obra mais alta, com a alta dos custos, segundo Gustavo. “De transporte devido ao alto custo dos combustíveis, mesmo assim, o consumo e a consciência de ter um seguro e com o auxílio do profissional habilitado a prestar consultoria, para identificar o melhor produto que se adequa a cada cliente (corretor de seguros habilitado pela SUSEP)”.

O corretor de seguros e proprietário da Jaraguá, que atua no mercado há 24 anos, conta que o setor de seguros surpreendeu com desempenho positivo e melhor que o da maioria dos outros segmentos da economia. A recuperação do setor vem se mantendo de forma consistente e com bons resultados. “A pandemia alterou significativamente o comportamento da sinistralidade, reduzindo em 18p.p entre fevereiro e abril de 2020 provocado pela drástica redução da mobilidade no mesmo período. A sinistralidade retomou a patamares normais acompanhando o aumento da mobilidade urbana ao final de junho de 2021”, afirma Djaildo Almeida.

O corretor diz, ainda, que o desempenho de Danos e Responsabilidades foi o que menos sofreu em termos de taxa de crescimento, com 4,6% em 12 meses móveis até dezembro de 2021. “A participação mais expressiva foi do segmento de Vida, com aumento de R$ 4,9 bilhões. Percentualmente, as maiores variações foram verificadas nos segmentos Rural (40,9%) e Corporativo de Danos e Responsabilidades (20,6%). Vale destacar que este primeiro segmento cresceu na casa de dois dígitos em todos os meses de 2021. O seguro auto vive um momento de recuperação e cresceu 7%”, conta Djaildo.

Sobre o empobrecimento da população e a falta de dinheiro como possíveis fatores para uma queda no número de segurados, Almeida diz que essa relação fez com que muitas famílias deixassem de ter dois carro, por exemplo, ou deixasse de ter até plano de saúde, afetando diretamente o mercado de seguros. “As seguradoras souberam trazer produtos bem alinhados às necessidades dos segurados. Quando nos deparamos com uma crise, temos que nos virar com o que temos e tínhamos seguradoras muito bem preparadas tecnologicamente e atentas às necessidades dos consumidores, além de uma rede de distribuição extremamente preparada, havendo uma aproximação e uma sinergia muito grande entre seguradores e corretores, além de um comprometimento muito maior de nós todos”, conclui.

Fonte: Gazeta de Alagoas