Valores são reflexo de um mercado novo e em crescimento

Na última sexta-feira (26), o presidente da comissão executiva da seguradora Bonws, Luís Vera Pedro, afirmou que os custos de seguros cobrados na Angola são os mais elevados do mundo. Ele considera que o fato é uma prática normal para um mercado novo e em crescimento. “Quanto mais taxa de penetração, mais segurados existirem e mais o mercado estiver coberto com seguros, a tendência será dos preços baixarem”, frisou em entrevista à Agência Angola Press.

O gestor disse que, apesar de se notar algum exagero, os preços praticados são o reflexo dos custos das companhias. “Gostaria que os prêmios de seguros baixassem e que estivessem mais ajustados à realidade econômica da maior parte da população, o que é quase impossível de se fazer porque os honorários cobrados em quase todas as companhias são muito elevados. Contudo, acredito que a breve trecho os preços vão baixar, porque devem mesmo baixar”, afirmou.

Para Luís Vera Pedro, a falta de um controle mais rigoroso no mercado de seguros angolano permite que algumas companhias prestem serviços com menos rigor, pensando mais no lucro em detrimento de um atendimento especial e rápido ao cliente. Ele considera a concorrência saudável, tanto nos serviços prestados, quanto nos preços praticados. “Há necessidade de maior fiscalização, por parte das autoridades ou órgãos competentes, para que a atividade seguradora em Angola seja desenvolvida com profissionalismo e humanização”, ressaltou.

Segundo o executivo, para ocorrer o desenvolvimento do setor no país, é imprescindível uma concorrência leal, onde todos trabalhem de acordo com as regras do mercado, cumpram os requisitos impostos pela Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) e assumam o profissionalismo no exercício da atividade. No entender do gestor, no mercado angolano há espaço para todas as operadoras, razão pela qual acredita que novas empresas do ramo vão surgir e que o setor vai amadurecer a curto prazo, atingindo maior competitividade.

Fonte: JRS Comunicação com Jornal da Angola e Angop