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HGE alerta para os perigos da automedicação, um hábito ainda comum entre os brasileiros

19 de janeiro de 2024

Thallysson Alves / Ascom Sesau

Uma maratona de festas está prevista em Alagoas até o Carnaval. Por isso, o Hospital Geral do Estado (HGE) alerta para o hábito que muitas pessoas têm de se automedicar após o surgimento de dores no corpo, de cabeça e indicações que algo não está funcionando bem no organismo.

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, em 2019, constatou que a automedicação é um hábito em 77% dos brasileiros. A farmacêutica do HGE, Elisângela Guedes, alerta para os danos à saúde causados pela prática, que vão desde a camuflagem de doenças mais graves até reações que podem levar ao óbito.

“É que o uso de medicamentos sem prescrição médica pode anular ou potencializar o efeito de outra medicação em uso; também é possível que o antibiótico, por exemplo, cause resistência ao agente infeccioso, o que compromete a eficácia do tratamento; e também tem o perigo de intoxicações e de reações alérgicas, sem contar a possibilidade de surgir uma dependência química à droga”, alertou a farmacêutica.

Rodrigo Teodoro, também farmacêutico do HGE, comenta que o hospital já atendeu diversos casos em que o uso da medicação agravou o quadro clínico do paciente. Entre eles, ele recorda a chegada de um bebê com hepatite medicamentosa, uma inflamação, aguda ou crônica, que afeta o fígado em decorrência do uso de drogas, medicamentos, suplementos alimentares, fitoterápicos ou insumos vegetais.

“A mãe, por conta própria, decidiu dar ao seu bebê o paracetamol, que em altas doses é hepatotóxico e pode promover uma lesão hepatocelular. Ela administrou o medicamento pela primeira vez, mas, pelo o fato de o bebê ter vomitado, pensou que a medicação também havia sido expelida. Então, essa mãe deu, mais uma vez, o remédio e um novo vômito aconteceu. Com a mesma ideia, repetiu o ato. O resultado foi a admissão da criança em estado muito grave, precisando de internamento em UTI [Unidade de Terapia Intensiva]”, relatou o profissional.

A melhor atitude para evitar que a festa acabe em um hospital é adotar hábitos de prevenção, que envolvem a eliminação de riscos de acidentes, entre eles a intoxicação exógena, e a não combinação de bebidas alcóolicas. Desse modo, o conselho dos farmacêuticos é, caso perceba que algo no seu corpo não está funcionando bem, busque atendimento médico antes de fazer uso de qualquer medicação.

“Exceto para os eventos onde já existe uma orientação médica, como nos casos de alergias cujo médico alergologista já prescreveu a medicação a ser usada. Mas, se ainda assim, o sintoma persistir, é importante que o cidadão consulte mais uma vez o especialista para receber novas orientações, que podem ser executadas após a realização de novos exames”, pontuou a farmacêutica do HGE.

O Governo de Alagoas possui hospitais em Maceió, Arapiraca, Delmiro Gouveia, Porto Calvo, União dos Palmares e Rio largo; também conta com unidades mistas em Maceió, Piranhas, Água Branca; além de ambulatórios, clínica da família e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Todos funcionam 24h e possuem capacidade técnica para trabalhar com coração pelos alagoanos.

“Durante todo o período festivo, o HGE continua com o seu funcionamento normal, recebendo os cidadãos que necessitam dos nossos serviços de Média e Alta Complexidade. As nossas equipes estão preparadas para agir no instante necessário para salvar a vida, mas acreditamos que o melhor para todos é sempre evitar situações extremas, principalmente aquelas causadas por atos que já entendemos ser perigoso, como é o caso da automedicação”, acrescentou o diretor do HGE, Fernando Melro.