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Estudo lista principais sinistros corporativos

14 de dezembro de 2015

Incêndio e explosão lideram as perdas ocasionadas aos negócios ao redor do mundo, informa AGCS

incendioNovo relatório “Global Claims Review 2015: Interrupção dos Negócios em Foco”, produzido pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), resseguradora do Grupo Allianz, constata aumento de sinistros e riscos para os negócios ao redor do mundo. Nesta edição, o relatório da resseguradora identifica que 90% dos prejuízos financeiros ocasionados por sinistros são gerados por 10 principais causas, a começar de incêndios e explosões, responsáveis por quase 60% desse total. Também fatores humanos e técnicos dominam as causas de sinistros, ultrapassando o impacto dos riscos naturais. Além disso, o documento revela que as interrupções nos negócios por ataques cibernéticos, greves e pandemias seguem em franco crescimento.

Como base para o relatório, a AGCS analisou mais de 1.800 grandes sinistros de interrupções de negócios, totalizando mais de 3 bilhões de euros em 68 países, no período de 2010 a 2014. A empresa participou tanto como a líder quanto como a co-seguradora nestes sinistros analisados. Em todos os casos, a gravidade e frequência de sinistros de interrupções de negócios crescem, sendo causados, principalmente, por riscos não-naturais, como erro humano ou falha técnica, e não por catástrofes naturais.

Cada incidente analisado envolvendo incêndio e explosão custou em média 1,7 milhão de euros em perdas nos negócios. No Brasil, as perdas das seguradoras com Lucros Cessantes em 2015 foram de 36% em relação aos prêmios emitidos. Os prêmios emitidos foram de cerca de R$ 91 milhões e os gastos com sinistros ultrapassaram R$ 36 milhões.*

De acordo com o relatório, o aumento da interconectividade nas cadeias globais de suprimento impulsiona o risco de interrupção e perdas. “O crescimento nos sinistros de interrupção de negócios é alimentado pela crescente interdependência entre as empresas, a cadeia de fornecimento global e processos de produção mais enxutos”, explica o CEO da AGCS, Chris Fischer Hirs. “Enquanto no passado um grande incêndio ou explosão poderia afetar somente uma ou duas empresas, hoje, as perdas impactam cada vez mais um número maior de companhias e pode até ameaçar globalmente a setores inteiros. Com os nossos especialistas pesquisando ininterruptamente sobre o tema, estamos bem posicionados para responder a estes riscos em evolução”, completa.

Alta exposição para fábricas automotivas ou de semicondutores

“Os tipos de exposição à interrupção de negócios são maiores para os setores com altos níveis de interconectividade e tecnológicos, bem como as concentrações de riscos em locais individuais, tais como automotivo, semicondutores e usinas de energia e petroquímica”, diz Alexander Mack, Chief Claims Officer da AGCS. “Enquanto as cadeias de fornecimento modernas podem ser flexíveis e eficientes em termos de custo, elas também são mais vulneráveis aos riscos. A cobertura para evitar a interrupção nos negócios é cada vez mais vista como uma parte essencial da apólice de seguro de hoje para muitas empresas”.

Tendências de interrupção para determinadas indústrias

Por segmento, os sinistros vindos dos setores de energia ( 3,96 milhões de euros) e property ( 2,21 milhões de euros). O custo de grandes sinistros no mercado de energia vem aumentando, com a interrupção dos negócios sendo responsável por uma proporção maior dos totais de perda. Isso é resultado do aumento de instalações de energia onshore e crescentes interdependências entre empresas, resultando em sinistros regionais de cobertura se uma unidade sofre interrupção.

No setor de entretenimento, uma doença ou um acidente envolvendo um membro do elenco é a causa mais comum de prejuízo. Uma lesão de uma grande estrela pode atrasar a produção, provocando um sinistro de vários milhões de dólares. A perda de elenco é responsável por 60% dos sinistros recebidos no setor e quase três quartos de sinistros em valor. O aumento de efeitos visuais caros na produção de filmes que, muitas vezes exigem contratos com especialistas terceirizados, também podem causar pagamentos de prêmios mais caros por meio dos atrasos de produção.

Cenário crescente de interrupção sem danos físicos

A interrupção de negócios é um importante condutor por trás do aumento de perdas em property. No futuro, as causas de interrupção de negócios de danos não-físicos podem tornar-se mais relevantes também. Perigos, tais como ataques cibernéticos, violência política, greves, pandemias e quedas de energia podem potencialmente causar grandes perdas para as empresas, sem danos à propriedade. Outros eventos sem danos físicos incluem ações tomadas pela autoridade civil ou militar, tais como restrições de acesso ou o fechamento do espaço aéreo.

Fonte: CNseg