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“Empresas estão exagerando na redução dos salários”

24 de abril de 2016

Para o diretor de recrutamento da STATO, Paulo Dias, contratar um profissional qualificado por um preço muito abaixo pode ser um tiro no pé

dinheiroA crise deixou muita gente boa desempregada e por isso os salários caíram e a exigência aumentou – lei da oferta e procura. Até aí tudo bem. Mas segundo o diretor de recrutamento da STATO, Paulo Dias, o excesso de profissionais capacitados à disposição no mercado deixou as companhias em uma condição tão favorável que algumas estão passando do ponto na hora de negociar o salário.

“Há de fatos excelentes profissionais em busca de oportunidades e eles têm consciência de que talvez tenham que ceder no aspecto financeiro. Porém, é importante a empresa entender se num momento de economia estável ela também contrataria aquela pessoa nas mesmas condições. É preciso pensar em médio prazo. Não adianta querer trazer alguém com um salário muito abaixo do seu patamar, pois na primeira oportunidade que surgir, ela pode sair e deixar a empresa na mão. Um profissional tende a se sentir desmotivado com um salário muito abaixo do que ele ganhava”, diz.

Paulo Dias acrescenta ainda que, na crise, uma boa opção pode ser investir no público interno. “A empresa pode se beneficiar olhando para a própria equipe e avaliando se não há um profissional mais competente e motivado a procura de uma recolocação. Internamente, o risco de erro é sempre menor, portanto, se o profissional tiver potencial e tiver disposto a investir em seu desenvolvimento, a aposta é muito válida. Em médio prazo, a crise tende a chacoalhar as empresas e somente os melhores permanecerão ou conquistarão uma nova oportunidade”, avalia.

O outro lado

Segundo o diretor de recrutamento, os profissionais também devem tomar alguns cuidados neste momento de crise. O especialista explica que é muito comum, numa situação de desespero, as pessoas aceitarem o que vier sem analisar adequadamente a proposta. “O profissional deve avaliar se seu salário estava de fato inflacionado em média, eu não recomendaria aceitar mais de 20% de redução sobre seu salário anterior. Mas lógico, cada caso é um caso”.

Dias também afirma que utilizar uma empresa como trampolim não é uma boa ideia. “Sabemos que em tempos de crise as ‘condições de temperatura e pressão’ não são normais. Mas ainda assim, é importante que se avalie bem se seus valores estão alinhados com o da companhia e se ela te oferece espaço para exercer seu trabalho e continuar sua trajetória profissional. Entrar em uma empresa esperando apenas uma oportunidade para sair e ganhar mais pode queimar você no mercado”, finaliza.

Sobre a STATO

A STATO é uma consultoria especializada em recrutamento de executivos, desenvolvimento organizacional e transição de carreira/outplacement. A STATO atua em todas as etapas do ciclo dos profissionais nas empresas identificando, desenvolvendo e apoiando pessoas para o sucesso dos profissionais e das organizações. A empresa conta com especialistas em assuntos relacionados à carreira, seja do ponto de vista das organizações ou dos indivíduos.

Mais informações: http://www.statobr.com/