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Dia Mundial da Síndrome de Down: profissional reforça importância da psicologia no desenvolvimento mental e social do paciente

17 de março de 2023

Cerca de 300 mil pessoas possuem a alteração genética no Brasil, segundo dados do IBGE

Portrait of a charming girl with Down syndrome wearing rose shirt and her bearded father. Girl sitting at desk in the kitchen playing with Easter colored eggs. Girl and her father preparing Easter decoration.

O cuidado e o amor não contam cromossomos. O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado na próxima terça-feira (21), é uma data de conscientização global que tem como objetivo disseminar informações sobre a causa e promover a inclusão de todos os pacientes na sociedade. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que cerca de 300 mil pessoas possuam a alteração genética no país.

Ao contrário do que muitos pensam, a síndrome de down não é considerada uma doença, e sim uma condição causada por um comportamento celular atípico que ocorre durante a divisão embrionária. As pessoas apresentam características como olhos oblíquos, rosto arredondado e comprometimento intelectual. O psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, afirma que o desenvolvimento dos pacientes está ligado ao estímulo e incentivo que recebem.

“A importância do acompanhamento psicológico, inclusive para a família, ainda é pouco esclarecida. Entretanto, a psicoterapia tem o papel importantíssimo de orientar e acompanhar o progresso emocional, social e intelectual da pessoa com síndrome de down, auxiliando o paciente a entender suas emoções, em busca de uma saúde mental saudável”, destaca.

Cuidados dentro do ambiente familiar

Falta de informação, quebra de expectativa e sentimento de culpa ou medo. A família de uma pessoa com síndrome de down pode passar por diversas sensações antes mesmo do nascimento da criança.

“Durante as sessões de psicoterapia, trabalhamos para reforçar os laços familiares e treinar diversas habilidades sobre como lidar com este novo momento. Com as informações corretas é possível enfrentar os sentimentos negativos que possam surgir. Além disso, é importante trabalhar o desenvolvimento da autonomia da criança dentro do ambiente familiar, para que ela realize, com cuidado e responsabilidade, compromissos e atividades em casa, dentro dos limites que a síndrome impõe”, afirma o psicólogo.

Combate ao preconceito

A inclusão é uma forma de se adaptar às necessidades de uma pessoa com deficiência, e não ao contrário. Por isso, o psicólogo reforça que, assim como todas as outras pessoas, pacientes que possuem a alteração genética também precisam de carinho, cuidados com a saúde, ambiente acolhedor e alimentação adequada.

“É importante ter em mente que a pessoa vem sempre em primeiro lugar. Antes de citar uma deficiência, é importante dizer quem é o indivíduo primeiro. Pessoas com síndrome de down também estudam, namoram, trabalham, e se tornam adultos com direitos e deveres, como todo o mundo”, reflete o psicólogo.