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CIST discute crescimento do resseguro nos seguros de transportes

16 de julho de 2015

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O almoço-palestra do Clube Internacional de Seguros de Transporte (CIST) do dia 18 de junho contou com a participação de Luiz Macoto Sakamoto, diretor da Sompo Japan Nipponkoa do Brasil (Yasuda Marítima Seguros), que propôs reflexões sobre os oito anos de abertura do resseguro no Brasil.

A primeira expectativa com a abertura do resseguro era de crescimento do mercado. “Realmente o mercado cresceu, mas nos seguros massificados, pois os bancos estão puxando esse crescimento em automóvel, vida e residência, por causa da penetração em suas agências. Se analisarmos os ramos separadamente, o VGBL, por exemplo, cresceu muito. Tendo o mercado crescido principalmente nos massificados, que não têm tanta influência no resseguro, o mercado de resseguro não cresceu como esperado”.

O setor de transportes foi quem elevou o crescimento do mercado de resseguro no Brasil. “Transportes teve um efeito diferente do que aconteceu no mercado de seguros em geral. Enquanto houve queda no volume de resseguros em geral, em transportes aumentou”.

O que aconteceu no ramo é que algumas grandes seguradoras especializadas em transportes montaram resseguradoras locais como estratégias particulares de negócios, repassando mais ao resseguro. Assim, o mercado de resseguro cresceu, mas por estratégia de empresas específicas.

Também se tornaram expectativas em torno da abertura: internacionalização, redução da quantidade de seguradoras, especialização das seguradoras, aumento de capacidade, transferência de know how, novos produtos e profissionalização das equipes.

A internacionalização aconteceu, os grandes grupos resseguradores vieram para o Brasil. “Assim como os bancos estão indo para os massificados, os ramos que precisam mais de resseguros estão indo para os grupos internacionais que têm resseguro lá fora. Essa é uma tendência do mercado, as seguradoras internacionais começaram a se especializar nos riscos corporativos porque elas têm resseguradoras no grupo. Podemos dizer que não houve redução das seguradoras, mas especialização”.

Quanto ao aumento de capacidade, houve, mas em casos selecionados. “Antigamente o Irb dava capacidade para todo mundo, hoje é mais seletivo. Com a não obrigatoriedade de aceitação, temos os riscos declinados. Isso foi algo que não saiu bem do jeito que estava sendo falado. Para alguns ramos é mais fácil. No transporte tem capacidade porque os resseguradores querem essa área, mas em outros ramos está havendo bastante declínio, e os corretores de seguros reclamam. Quem está com problema de aceitação não percebe o aumento de capacidade”.

Ao final, Macoto anunciou o que deve movimentar o mercado de resseguros. “A grande novidade agora é a retrocessão das resseguradoras para as seguradoras locais. Isso deve ser anunciado em breve, está em gestação na Susep”.