A nova roupagem desse tipo de fraude é agora aplicada de forma sintética, no qual cibercriminosos criam uma identidade virtual combinando dados verdadeiros e falsos, a fim de abrir contas fraudulentas e fazer compras. Isso acaba resultando em perdas anuais de US$ 5 bilhões a US$ 8 bilhões, segundo dados da Javelin Strategy & Research, empresa de consultoria focada no mercado financeiro.
Em função da dificuldade de rastreamento, os criminosos encontram no mundo online um mar de possibilidades para cometer atos contra pessoas físicas ou jurídicas. É um novo formato no qual pessoas mal-intencionadas combinam CPF legítimos, por exemplo, com um nome falso; aliam um CPF inativo com um nome real, ou, até mesmo, criando documentos. As redes sociais dão enredo para o qual cria-se uma narrativa para aquele “indivíduo”, que servirá de base do golpe, o que podemos chamar de fraudes sintéticas.
As fake news também ganharam muito espaço nos últimos anos por meio dessas identidades sintéticas. O vazamento constante de dados ocorrido recentemente por empresas de diversos setores alimentou essa indústria e colaborou para o seu crescimento.
Às organizações, cabe incluir práticas preventivas em sua gestão para não cair nesses golpes e colher prejuízos, que não tem a quem serem cobrados, em visto que esses consumidores não existem, de fato. Ferramentas como o Know Your Customer (KYC), ou Conheça seu Cliente, ajudam a evitar esse tipo de ação, juntamente com boas práticas de compliance.