Seguro Notícias

A notícia de forma segura!

Workshop debate prevenção às fraudes

31 de julho de 2016

workshopEntre 2013 e 2015, o valor relativo às fraudes comprovadas no setor de seguros (excluindo Previdência Complementar Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização) praticamente dobrou. O avanço de 0,3% em relação ao total de sinistros ocorridos pode parecer pouco significativo, mas as fraudes representam 1,8% dos acionamentos, um valor estimado em mais de R$ 600 milhões. Os dados são da Confederação Nacional de Seguros, a CNseg. “Este assunto toma uma dimensão nacional. É um tema bastante intenso, porque necessitamos tomar todas as medidas, e as seguradoras estão avançando neste sentido, para proteção deste fundo mútuo com medidas preventivas, afinal, isto acaba afetando todo o equilíbrio de riscos destas empresas e o acesso de demais camadas da sociedade aos planos de seguros”, detalha ao ponderar que a atuação da Confederação é de inteligência, com enfoque no mapeamento e rápida detecção de possíveis fraudes.

O assunto foi tema do tradicional Workshop do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (SindSeg-RS). Na oportunidade, Guacir de Llano Bueno, presidente da entidade, destacou os 10 anos da ação que aceita sugestões de temas pelos operadores do mercado.

“O crime não compensa. A melhor forma de combate-lo é com ações penais”, acredita o palestrante Ricardo Tavares Pereira, gerente da área de prevenção e combate à fraude da CNseg. Pereira ainda é gerente operacional da Porto Seguro e do TI da Superintendência de Seguros Privados, a Susep. Fraudes são dividias em dois grupos: oportunistas, aquelas com grande frequência, mas sem valores muito elevados, e premeditadas, que são o foco da prevenção contra grupos especializados em fraudes que atingem o mercado como um todo.

De acordo com o Código de Ética da Confederação, “qualquer ato intencional destinado ao recebimento de indenização ou benefício a que de outro modo não se teria direito, praticado na contratação ou no curso do evento previsto no contrato, e mesmo após sua ocorrência” é considerado fraude. “A perda de valores morais, éticos e sociais, além da impunidade, insuficiência de sistema de controles e crises econômicas são as principais razões para o crescimento dos golpes, que afetam diretamente o equilíbrio do gerenciamento dos riscos assumidos pelas seguradoras e geram um custo injusto para segurados honestos”, conta o gerente.

O gerente de relacionamento da CNseg, Eduardo Ruas Justo, explicou ao público atento as principais funções da Central de Servições e Proteção ao Seguro, a Ceser. São 17 anos de atuação, com disponibilidade 24 horas diárias e mais de 40 soluções disponíveis para mais de 5 mil usuários conectados por dia. Ao todo, mais de 91 milhões de consultas anuais e mais de 1 bilhão de registros são armazenados pelo centro, que, proporciona múltiplas soluções em dados, serviços e ferramentas. “O cruzamento inicial de dados é fundamental para a efetivação de uma boa carteira de clientes, que reflete em maior qualidade e acessibilidade aos produtos oferecidos pelo setor de seguros”, certifica.

Ricardo Pereira concluiu sua explanação demonstrando a importância de denúncias de fraudes, visto que todo ocorrido no mutualismo afeta todos os seus participantes. Ou seja, reflete no bolso do segurado. “Principal fator na redução à fraude é a prevenção”, disse ao enaltecer a integração de dados e utilização de novas tecnologias. “Pode ser um crime sem sangue, mas não sem vítimas”, concluiu.

Fonte: JRS Comunicação