De acordo com o professor de Educação Física do UNINASSAU Maceió, Victor Bastos, a liberação médica é fundamental
Não é novidade que a prática de atividade física é recomendada pelos médicos e traz diversos benefícios para a saúde. No entanto, quando a pessoa nunca praticou nenhum tipo de exercício e quer iniciar ou pretende retomar após muito tempo sem fazer, é preciso ter alguns cuidados. Quem explica é o professor de Educação Física do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Victor Bastos.
“A recomendação geral é procurar sempre um médico que determinará se há necessidade de realização de exames prévios à prática de atividade física. Em seguida, com a liberação médica, deve-se procurar um profissional de educação física, para que este possa estruturar a atividade de forma organizada e sistematizada, pensando sempre em evitar lesões e que o aluno alcance o objetivo desejado”, explica Bastos.
A prática da atividade física causa estresse ao organismo, pois a frequência cardíaca sobe, provoca hiperventilação, há liberação de hormônios catabólicos, entre outros fatores. “Por isso, a prescrição e condução deve ser feita por profissionais qualificados. Níveis inadequados de prática de atividade física podem resultar em um efeito contrário ao buscado, causando uma baixa da imunidade do praticante. Há o risco, ainda, da realização de forma inadequada, promovendo o aumento de risco de lesões musculares, articulares e ósseas”, esclarece o profissional de educação física.
Atividade física pós-covid
Após o momento crítico de pandemia vivido em decorrência do novo coronavírus, os cuidados precisam ser intensificados. Pessoas que tiveram Covid-19 precisam de uma atenção especial. “Estudos têm demonstrado que pessoas diagnosticadas com Covid-19 ficam com sequelas cardiovasculares, mesmo as que tiveram sintomas leves e eram praticantes de atividade física. Sendo assim, a recomendação atual é que esse público deve buscar um cardiologista para a realização de exames específicos, evitando assim complicações durante a prática da atividade”, orienta o docente da UNINASSAU Maceió.
Crianças
De acordo com Victor Bastos, as diretrizes atuais indicam que crianças que já conseguem obedecer a comandos de como a prática da atividade física deve ser realizada, bem como sobre a segurança no espaço da sua realização, já estão aptas a praticá-las. “Entretanto, um ponto mais importante é pensar que, para esse público, a atividade física deve estar ligada ao aprendizado de uma variedade de habilidades motoras distintas e ao prazer em realizar a atividade. Ou seja, por mais que a musculação seja excelente, por ser uma prática monótona, geralmente, não se apresenta como uma boa opção para esse público”, pontua.
Qual a prática ideal?
Hoje, existem diversos tipos de atividades físicas disponíveis para prática: musculação, aeróbica, crossfit, funcional e muitas outras. Mas como saber qual o tipo de atividade ideal para cada pessoa? “Para responder essa pergunta, precisamos saber o objetivo do aluno, pois para cada objetivo existe uma prática mais aconselhável. A musculação, de forma geral, é uma das práticas que mais conseguem contemplar os diversos objetivos dos alunos. Mas o segundo ponto importante é saber qual das práticas dará mais prazer em ser realizada. Não adianta o profissional recomendar musculação pra quem não gosta. Mais vale o aluno ser assíduo em uma prática que lhe dá satisfação do que faltar em uma que ele não gosta de praticar”, finaliza Victor Bastos, professor de Educação Física do UNINASSAU Maceió.
