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Sincor-AL realiza Projeto Amigo Seguro para inserir jovens no mercado

04 de maio de 2015

O Projeto Amigo Seguro retornou como uma das medidas da nova gestão da Sindicato dos Corretores de Seguros de Alagoas (Sincor-AL), com a presidência de Edmilson Ribeiro. O programa, que prossegue em quase todo país, é semelhante ao Menor Aprendiz e proporciona reforço de ensino, aulas técnicas e uma oportunidade de conquistar um emprego no segmento.

Alunos da rede pública do ensino fundamental, entre 16 e 18 anos, são selecionados para durante 10 dias terem aula de matemática, português, seguro, comportamento, técnicas de venda e etiqueta. Depois do curso, o jovem entra no banco de dados do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). As corretoras de seguro e companhias interessadas em algum desses alunos o pega como funcionário, para um estágio. “Um de nossos alunos é funcionário nosso há cinco anos. Da última turma de 25 alunos, sete foram aproveitados. Uma aluna, do curso menor aprendiz, é hoje gerente de uma corretora de seguro”, diz o presidente.

Além de dar oportunidade para essa faixa etária, o projeto tem um cunho social. O aluno da rede pública, nessa faixa, precisa de um apoio para ser incluído. Ele então é aproveitado de uma maneira que apenas na escola não aconteceria, já que o curso tenta colocar esse melhor aprendiz diretamente no ramo. “Nem sempre conseguimos para todos os 25, mas a gente abre para o cunho social. Fazemos nossa parte. É um projeto que começaremos agora em maio. Vai ter uma seleção desse alunos. O curso é custeado pelos executivos das corretoras e companhias de seguro e pelo sindicato. O aluno não paga nada, nem mesmo o transporte para a aula. É uma oportunidade de incluir esse menor aprendiz no caminho, seguir para uma vida melhor”, afirma o Ribeiro.

“A maioria desse alunos vem com a imagem e a certeza de que é um ganho pra ele. Às vezes sua família não tem condições nem de pagar a passagem dele”, completa . Existe um convênio com a escola a Fundação de Seguros CIEE, que seleciona 40 jovens. Desses, a escola fecha com 25, estuda o perfil de venda individual a partir dessa triagem.

“Nós precisamos de funcionários, estagiários que possam abordar clientes. Já pega a questão de comunicação, de desenvoltura, faz a seleção, vem pra cá, faz o treinamento, tudo de graça”. É um estágio, mas um programa selecionado na escola e é um sucesso no Brasil inteiro.

De acordo com o presidente do Sincor-AL, os alunos chegam encantados, afinal seria um mundo novo. Os que passam pela triagem vão para uma sala de aula com conforto, ar condicionado, datashow, o profissional na frente, mostrando um ramo, um produto totalmente desconhecido com um objetivo, um sonho de ser contratado para trabalhar por seis, quatro horas e quem sabe fazer carreira.

Casos individuais

Nós sempre observamos durante esses dias de aula. Alguns inclusive choram quando termina o curso. “Você vê a desenvoltura do pessoal quando coloca o profissional perto de gente boa. Se coloco gente ruim, perto de gente ruim, é ruim. Quando pega um selecionado e coloca um gerente de seguradora, um corretor de seguro, professores de outras matérias… Quando coloca e ele se sai bem, já depois de uma semana já pode bater no olho e saber que vai dar certo. Ela é desenrolada. Você vê como sai da linha de conforto e tem a oportunidade”. Para facilitar a observação e controlar a turma, os jovens vêm de turmas diferentes, de colégios diferentes. Outra vantagem nisso seria colocá-los fora da zona de conforto e observar os líderes natos.

De acordo com o presidente, apesar de alguns terem apenas 16 anos,  já é possível identificar se eles podem ou não ter um futuro nesse ramo. “Com dois dias já se percebe se quer algo ou não. É possível errar, mas se esse cara quiser, for bem tratado, chega lá, vai ser alguém, mas vai ter que mudar muito”. Ele deu o exemplo de uma menina, que quando terminou o curso na ultima edição, em aula ministrada por ele mesmo, ao final do Coffee break, dinâmica e conversas entre si, ela pegou a vassoura e arrumou a sala quase toda. Ele observou ainda o fato dela ter chamado mais duas pra arrumar. “Homem geralmente não faz. Foi lá, arrumou, deixou a sala limpa e hoje é gerente numa corretora. Vimos nela o perfil de organização, de liderança”, conclui.

Outro exemplo foi de um garoto com senso de organização bem diferente. “Nunca vi tão maloqueiro. Agora era esperto. Mesmo sendo um menino de 16 de escola publica, sabia tudo de informática. Muito danado, muito curioso. Esse é o tipo de pessoa que tem que dar um trabalho pra ele, de algo para se concentrar”. Segundo o presidente sua inquietação era por não ter nada para fazer, ao menos algo produtivo. E ao fazer testá-lo sendo responsável por um computador, saiu-se muito bem e hoje também está empregado.