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Seguro residencial pode ajudar em acidente, roubo e conserto

17 de setembro de 2016

imovelA contratação de seguro para automóveis é prática comum no país, ao contrário da adesão a uma apólice residencial. A Bahia, que até o fim do ano deve ter uma população de mais de 15,2 milhões (estimativa do IBGE), conta com uma média de 1,028 milhão de residências com seguro, segundo dados de 2015 da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Quando bem escolhido, além de proteção, o seguro possibilita assistência de serviços, inclusa no valor anual, como chaveiro e reparador elétrico. As companhias possuem contratos com os prestadores. Caso necessite, o segurado entra em contato pelo telefone de atendimento da companhia e solicita o serviço. Entretanto, há um limite médio de R$ 500 anuais de cobertura.

“Em casos em que o proprietário chama um chaveiro que trabalha em sua rua, por exemplo, sem acionar a seguradora, ele pode pedir reembolso. Basta guardar a nota fiscal e apresentá-la depois”, explica o gerente da Porto Seguro Marcelo Santana. Em situações de desastres naturais, incêndios ou roubos, há reembolso dos bens danificados.

Orientação é importante

É recomendável a orientação de um corretor antes de fechar contrato. A apólice residencial deve ser calculada com base em variáveis como o preço de reconstrução do imóvel – a partir do cálculo de material, mão de obra e preço do metro quadrado – e o valor de eletrodomésticos e outros itens. O preço final ainda é influenciado por características da região, como a probabilidade de desastres naturais, índices de segurança do bairro etc.

“Imóveis que se localizam em áreas com grande instabilidade natural possuem maior necessidade de cobertura. Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os estados em que há maior contratação do nosso serviço. Entretanto, acidentes são passíveis de acontecer em qualquer residência, logo, a apólice é recomendada a todos os lares”, afirma a gerente-executiva do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre Viviane Quinalha.

O custo-benefício de adesão é divergente entre alguns economistas e as seguradoras. A economista e professora da Unime de Itabuna Priscila Queiroz afirma que o preço anual das apólices é de, em média, 1% do valor total do imóvel. Dessa maneira, o custo poderia comprometer uma considerável parte da renda das famílias.

“Acredito que a estimativa não seja condizente com a realidade. A maioria dos nossos clientes, em nível nacional, paga entre R$ 250 e R$ 300. Na Bahia, a média é de R$ 150 por ano”, diz Viviane Quinalha.

De acordo com estudo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), dos 68 milhões de residências no Brasil em 2015, apenas aproximadamente 8,8 milhões (13,3%) possuem seguro.

A baixa adesão no Brasil é reflexo de dois comportamentos culturais específicos: “Há uma ideia de que os seguros de residência são caros e de que os lares são ambientes mais seguros e necessitam de menor proteção, ao contrário dos veículos, que seriam mais suscetíveis a riscos”, explica a economista Priscila Queiroz.

Preservação patrimonial

A gerente do  Banco do Brasil e Mapfre estima que o nível de contratação no país, incluindo todas as seguradoras, deve reduzir-se 3% até dezembro. “Apesar do decréscimo geral, nós, do grupo, vamos conseguir manter o número de renovações anuais”, diz.

Em algumas seguradoras, o número se expande. “Em contextos de instabilidade, como o da nossa economia, as pessoas buscam maior proteção. Há uma maior preocupação com a preservação do patrimônio, em proteger o que já temos como garantido, que é o nosso lar”, explica o gerente Marcelo Santana,  da Porto Seguro, empresa que cresce, no segmento de seguros residenciais, cerca de 17% em 2016.

Santana diz que, há 10 anos, o nível de contratação de apólices no Brasil era de 8%. Há, em sua opinião, uma mudança cultural em relação à proteção. “Os índices de violência aumentaram e, além disso, há entendimento de que as casas, assim como carros, precisam de proteção. Atualmente, 13,3% dos imóveis residenciais têm seguro. A mudança é lenta, mas positiva”, explica.

Como é calculado o valor do seguro

Construção – É considerado o preço do imóvel a partir do cálculo de material, mão de obra e o valor do metro quadrado

Valor dos bens – É preciso levantar o valor dos eletrodomésticos e de outros itens da residência

Localização – O preço  é influenciado por características da região, como a probabilidade de desastres naturais, índices de segurança, dentre outros

Fonte: A Tarde