De acordo com o presidente do Sincor, Edmilson Ribeiro, modalidade traz grandes vantagens para o mercado imobiliário
Ainda pouco conhecido no mercado, o seguro fiança traz grandes benefícios para o mercado imobiliário. De acordo com o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de Alagoas (Sincor/AL), Edmilson Ribeiro, esse tipo de seguro é barato e tem sido cada vez mais procurado por imobiliárias.
“O seguro fiança é contratado pela imobiliária e a contratação desse produto elimina a necessidade de fiador para o aluguel de uma residência. Ele garante ao proprietário que o aluguel será pago mesmo se o locatário não honrar com o compromisso”, explica o presidente.
De acordo com Edmilson, nos últimos 18 meses as imobiliárias tem procurado bastante o seguro.
“Porém ainda falta mais divulgação. É um produto ainda pouco conhecido, mas que traz muitas vantagens tanto para a imobiliária que contrata, que passa mais segurança por ser responsável pela negociação, para a seguradora que vende o produto e para quem locar o imóvel, que não precisará arcar com o alto custo em caso de algum dano no imóvel”.
Edmilson Ribeiro orienta para que, mesmo com a garantia do seguro, os locatários avaliem os itens presentes no contrato durante a locação do imóvel, podendo incluir outros objetos a serem segurados.
“É fundamental conversar com um corretor de seguros habilitado para verificar o que está incluso na cobertura do seguro a ser feito, uma vez que existem tipos e modalidades desse serviço e o profissional especializado na área irá apresentar o mais adequado para a necessidade do cliente”.
Residencial
O seguro residencial não é obrigatório nos casos de locação de imóveis, com exceção dos casos em que a imobiliária solicitar. Porém, quem contrata o seguro, assegura o bem locado na prevenção de alguns problemas que possam vir a acontecer com o imóvel.
“Com a contratação do seguro o imóvel estará coberto em casos de incêndios provocados por curto circuito ou outro tipo de propagação de fogo que tragam sérios danos ao imóvel. Também garante a cobertura do imóvel quando estiver em área de risco de desmoronamento, explosões, queda de raios, roubo, alagamento, dano elétrico ou impacto de veículo terrestre, por exemplo”, explica Edmilson Ribeiro.
Segundo o presidente do Sincor, dentro do seguro residencial o cliente pode incluir outras modalidades de proteção.
“O seguro de responsabilidade civil é um item importante porque cobre possíveis acidentes que ocorram dentro da sua casa, como por exemplo, se alguém escorregar no chão molhado e quebrar um braço, o seguro cobre o sinistro. Se o seu cachorro morder alguém, esse seguro também cobre. Qualquer acidente que possa vir a acontecer dentro da sua casa estará coberto”.
Seguro de vida cresce entre jovens empresários e autônomos
Não existe idade para se contratar um seguro de vida. De acordo com o presidente do Sincor, a modalidade teve uma alta de 40% nos últimos três anos entre jovens de 20 a 30 anos.
“Não é porque você é jovem que vai deixar de fazer um seguro de vida. Ao contrário do seguro de automóveis, no caso do seguro de vida, quanto mais jovem, mais barato custa o produto. E diferente do que muitos pensam, essa modalidade de seguro não faz cobertura apenas no caso de morte”, explica Edmilson Ribeiro.
O seguro de vida faz a cobertura em casos de morte natural ou acidental, além do funeral. Também cobre em casos de invalidez por acidente, por doença e diárias por incapacidade temporária.
Edmilson Ribeiro destaca outros casos de coberturas ofertadas pelo seguro de vida: invalidez e incapacidade temporária
“Imagine ficar três meses numa cama de hospital sem ter um seguro para garantir a renda mensal da família? É preciso pensar nessas possibilidades e os jovens tem tido cada vez mais consciência disso”.
Preconceito
Edmilson Ribeiro falou ainda sobre o preconceito existente diante dos seguros. Ele cita principalmente o seguro de reponsabilidade civil com um dos mais “mal vistos”.
“Esse tipo de seguro cobre um erro médico, por exemplo, mas o profissional não quer que seus pacientes saibam da existência dessa contratação. Isso porque as pessoas podem achar que ele fez o contrato por já ter cometido algum erro ou por trabalhar de ‘qualquer jeito’. Mas ao contrário desse julgamento, contratar o seguro é uma prova de responsabilidade com o paciente”, opina o presidente do Sincor.
Para Edmilson, é tudo uma questão de puro preconceito. “Ainda estamos longe de ter uma cultura sobre o seguro como na Europa, onde as pessoas são muito mais precavidas, mas um dia chegaremos lá”.
Seguro de motos teve aumento significativo no último ano
Em 2014 apenas quatro seguradoras ofereciam o seguro de motos em Alagoas. De acordo com o presidente do Sincor, esse número aumentou consideravelmente no último ano.
“Esse aumento veio em decorrência da necessidade do consumidor e a venda se tornou rentável para as seguradoras. Como mais consumidores têm procurado o seguro, mais seguradoras passaram a oferecer o produto aqui no estado e hoje já são mais de 10 empresas que vendem o seguro para motos, até aquelas que nunca pensaram em vender essa modalidade”, explica Edmilson Ribeiro.
A probabilidade de precisar de um seguro é maior para quem usa moto. De acordo com o presidente do Sincor, a insegurança no trânsito e o medo de roubos são os principais fatores para a procura do seguro.
“A moto é diferente do carro. Se ela cair já pode quebrar um farol ou amassar o tanque, e quando o tanque amassa não tem jeito de recuperar, tem que trocar. Isso porque ele amassa na parte interior, cria ferrugem e danifica o motor”.
De acordo com o Sincor, insegurança no trânsito e medo de roubos são principais fatores para procura do seguro de motos. Edmilson conta que a maioria dos acidentes de moto registrados em Alagoas acontece no interior do estado.
“O número de acidentes ainda é maior do que o número de roubos. Em Arapiraca, por exemplo, a cada dez acidentes de trânsito, seis envolvem motos. É preciso alertar também a quem usa moto como transporte para a imprudência. A pressa muitas vezes é a responsável por tragédias”.
Motoboys e entregadores estão envolvidos em grande parte dos acidentes com motos. Segundo Edmilson, as empresas que contratam esse serviço deveriam garantir o seguro de acidentes pessoas.
“Esses profissionais sofrem muitas exigências em relação ao tempo que deve levar para fazer as entregas e acabam sofrendo acidentes. Porém, não são todas as empresas que contratam o seguro para o profissional. Muitas garantem apenas o seguro do veículo, mas no final das contas o local de trabalho é o primeiro a ser procurado pelos familiares do funcionário em casos de acidentes”, opina.
“A empresa não é obrigada a fazer o seguro, mas é preciso ter consciência de que esses profissionais correm muitos riscos”.
Fonte: Thayanne Magalhães / Tribuna Independente