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Seguradora busca vítimas de desastre aéreo em Santos

07 de setembro de 2016

Jato em que executivos do Bradesco embarcaram | Foto: Reprodução

Jato em que executivos do Bradesco embarcaram | Foto: Reprodução

Mais de dois anos depois, começa a surgir, enfim, uma chance de as vítimas em solo do acidente que matou o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) e causou destruição, no Boqueirão, em Santos,  terem ressarcimento pelo desastre.

A Bradesco Seguros começou uma ação para achar os prejudicados pelo acidente que matou o Campos, quatro assessores dele e os dois pilotos do jato Cessna Citation 560XL acidentado.

A Tribuna teve acesso aos documentos protocolados pela seguradora. Na ação, que tramita na 1ª Vara Cível de Santos, sob análise do juiz Paulo Sérgio Mangerona, ela diz contar com R$ 221.040,39 para dividir entre os que têm direito à indenização devido aos danos com o acidente em solo.

A quantia faz parte do seguro Reta, obrigatório, que garante ressarcimento dos danos pessoais e materiais aos passageiros, tripulantes e terceiros no solo em acidente. Trata-se da apólice número 920000069, para a cobertura do avião prefixo PR-AFA que caiu em em 13 de agosto de 2014.

O seguro previa o pagamento de até R$ 979.303,61 em indenizações. A parte mais alta desta quantia foi usada para a remuneração às famílias das sete pessoas que morreram no acidente — cada uma recebeu R$ 58.327,94.

Novela longa

Como a seguradora ingressou com a ação afirmando não conhecer as vítimas, foi necessário declarar um representante enquanto elas fossem consideradas desconhecidas: o advogado Miguel Grecchi Figueiredo. Ele relaciona 11 imóveis das ruas Alexandre Herculano, Vahia de Abreu e da Avenida Washington Luís que sofreram danos e, consequentemente, teriam direito à divisão do valor.

“Para fazer essa lista, usei um procedimento do próprio Corpo de Bombeiros que dizia o dano que cada imóvel da região sofreu. Na prática, a Bradesco Seguros confessou que tem esse valor para pagar”, argumenta.

Os advogados daqueles que já iniciaram processos devem indicar seus clientes nesta ação. “É preciso que esses indivíduos desconhecidos se apresentem à Justiça”, salienta Grecchi.

Procurado, o Grupo Bradesco Seguros informou, em nota, que “não comenta casos levados à apreciação do Poder Judiciário”.

Valor menor

A relação de imóveis entregue à Justiça pelo advogado curador desconsidera o fato de muitas das propriedades serem edifícios de apartamentos.

Dividindo o valor da indenização por 11, por exemplo, poderia render cerca de R$ 20 mil para cada. O valor é muito abaixo daquilo que tem sido solicitado pelas vítimas nos 29 processos já iniciados na Justiça, em Santos, por pessoas prejudicadas. Atualmente, entre danos morais e materiais, as ações somadas pedem até R$ 8 milhões.

Fonte: A Tribuna