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Primeiro seguro popular para carros deve começar neste mês

08 de dezembro de 2016

Thinkstock/yuanyuan xie

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Regulamentado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) desde o final de março deste ano, o Seguro Popular Auto parece que enfim vai sair do papel. E a primeira empresa a oferecer esse serviço será a Azul Seguros, pertencente ao grupo Porto Seguro. A empresa aguarda apenas a aprovação da Susesp para começar a comercializar o produto. A previsão é que as apólices dessa modalidade comecem a ser oferecidas aos clientes até o final deste mês, mas inicialmente apenas para a capital e região metropolitana de São Paulo. A expectativa é expandir para outras regiões no futuro, mas ainda sem data definida para que isso ocorra.

Quanto irá custar?

Segundo a Azul Seguros, essa nova modalidade cobrará até 30% menos em relação a uma apólice de seguro convencional, dependendo das escolhas do cliente. O objetivo é oferecer uma opção para as pessoas que hoje não podem arcar com esse custo. A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg) estima que 70% dos veículos em circulação no Brasil atualmente estão descobertos.

Por que ele é mais barato?

Um dos motivos que permite que essa modalidade cobre menos é a possibilidade de usar peças provenientes de desmanches credenciados no reparo dos carros acidentados. Além disso, em setembro, foi aprovada uma nova redação para a resolução 336 que inclui ainda o uso de peças de reposição não originais, similares às originais com garantia dos fabricantes, o que antes não era previsto. Reparos de itens de estrutura ou segurança, contudo, como airbags, freios, pneus, rodas, amortecedores e suspensão, devem sempre ser feitos com peças novas.

Quem pode fazer?

A Azul informa que o seguro popular poderá ser feito apenas para automóveis com valor segurado de até R$ 60 mil e fabricados há cinco anos ou mais. Essas regras podem variar de empresa para empresa quando a modalidade passar a ser oferecida também por outras seguradoras. Contudo, é esperado que ele não seja mesmo ofertado para carros novos em função da indisponibilidade de peças de desmanche ou genéricas. A Azul Seguros não garante que todos os carros serão aceitos, mas afirma que, com certeza, os modelos mais vendidos estarão na lista em função da maior facilidade para encontrar peças para os reparos.

O que cobre?

O seguro popular da Azul terá cobertura contra colisão, roubo, furto, indenização de 80% a 90% da tabela Fipe, assistência 24 horas e guincho para distâncias de até 100 km. Há também a cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF), com indenização de R$ 25 mil. Como opcionais, o cliente pode optar ainda pelas coberturas de Danos Morais e Estéticos Facultativo, com indenização de R$ 5 mil ou R$ 10 mil. A empresa afirma que o pagamento pode ser parcelado em até 10 vezes iguais.

Quais as desvantagens?

Por ser uma modalidade mais em conta, o valor de indenização da tabela Fipe é baixo, de 80% a 90%, assim como a indenização de danos a terceiros de apenas R$ 25 mil.

Todo seguro mais barato é “seguro popular”?

Não, é bom destacar que essa nova modalidade aprovada pela Susesp mantém as coberturas padrões, procurando baratear os custos ao permitir o uso de peças vindas de desmanches credenciados ou genéricas com garantia. Existem algumas apólices mais baratas, mas que oferecem apenas coberturas restritas. Há opções somente contra roubo, furto e perda total – ou seja, não cobre danos de acidentes – e outras apenas com cobertura de danos a terceiros, os chamados contratos de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF). Por isso, é bom ficar atento ao que está sendo oferecido antes de assinar o contrato.

Fonte: Icarros