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Primeira Carteira de Identidade de Alagoas foi emitida há 102 anos

18 de março de 2023


De 1921 até hoje, processo de emissão do RG em Alagoas passou por diversas reformulações e modernizações, conferindo mais segurança e agilidade na prestação do serviço

 Ascom Polcal

Aarão José / Ascom Polcal
Na semana de implantação do novo modelo da Carteira de Identidade Nacional (CIN), o Instituto de Identificação de Alagoas celebra outro grande marco histórico da identificação civil no Estado. Criado em 17 de março de 1921, o órgão completa nesta sexta-feira (17), 102 anos de existência, de prestação de serviço à população e de contribuição para a justiça e cidadania.

Desde a criação até hoje, o processo de atendimento e emissão do principal documento de identidade do brasileiro em Alagoas evoluiu muito. A rede de postos cresceu para 43 unidades e o layout passou por diversas reformulações e modernizações, conferindo mais segurança nas informações e maior agilidade na prestação do serviço ao cidadão.

Marcelo Casado, papiloscopista e chefe administrativo do Instituto de Identificação, acompanhou parte desta evolução histórica nos últimos 20 anos. Entre elas, a desvinculação da Polícia Civil, a criação da Polícia Científica, a transição do prontuário de identificação civil de papel para o modelo digital do documento e a instalação dos sistemas informatizados dos arquivos civil e criminal.

Essa evolução permitiu ao Instituto de Identificação de Alagoas bater recorde na emissão da carteira de identidade por vários anos. Só em 2022, o órgão aumentou em 100,84% a capacidade de produção e entrega do RG à população alagoana, emitindo 275.490 novos documentos impressos, sendo 103.450 primeiras vias e 172.040 segundas vias. 

Era do papel

Fichas das primeiras pessoas que tiraram a carteira de identidade no Estado ainda constam nos livros de registro geral do órgão. Domingos de Araújo Lemos e a senhora Leia Farias de Menezes são alguns dos nomes que constam no livro 01.

Na época, o modelo do RG era uma caderneta de capa dura, e poucas pessoas tinham acesso ao documento. Uma delas foi o romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro Graciliano Ramos.

O arquivo civil físico possui mais dois de milhões de prontuários de identificação civil em papel, um acervo histórico cheio de relíquias. Uma delas é a ficha de identificação civil do então desconhecido cantor e que virou um dos maiores nomes da MPB, o alagoano Djavan.

Era digital

Recentemente, quando a foto 3×4 e a tinta nas mãos deixaram de ser utilizadas, atletas como Maurício Borges, que passou pela Seleção Brasileira de Vôlei, e os jogadores de futebol Aloísio Chulapa e Roberto Firmino tiraram a primeira carteira de identidade em Alagoas. Outra estrela mundial do esporte que também tem o RG alagoano é a rainha Marta, jogadora de futebol e embaixadora da boa vontade da ONU Mulheres, cujo modelo mais recente, passou a contar com a versão digital, por meio de um aplicativo no celular.

 

Na última segunda-feira (13), o Instituto de Identificação alagoano entrou em uma nova era. Mesmo, com o governo federal prorrogando o prazo para os estados se adequarem ao novo modelo da Carteira Nacional de Identidade (CIN), Alagoas conseguiu se adaptar e passou a emitir o documento, respeitando a legislação que definiu o uso do número do Cadastro de Pessoa Física como registro geral.

Anízio Amorim, superintendente do Instituto de Identificação, afirmou que o Estado vem investindo na modernização no processo de atendimento e emissão da Carteira de Identidade. Este ano, em comemoração aos 102 anos, o órgão pretende ampliar a rede de postos para facilitar o acesso aos serviços.

“Estamos desenvolvendo um projeto para instalar postos em vários municípios, para aumentar a nossa capacidade de atendimento ao cidadão. Em três meses estaremos lançando a versão cartão de policarbonato do CIN e iremos continuar levando os projetos itinerantes RG Não, Meu Primeiro RG, RG para povos tradicionais (indígenas e quilombolas) e Governo Presente para a população”, explicou o superintendente.

Atualmente, além de emitir milhares de carteiras de identidade diariamente, o Instituto de Identificação é responsável por outros serviços, como as identificações criminais, por emitir a Certidão de Antecedentes Criminais, popularmente conhecida como Nada Consta, e por realizar as identificações oficiais de cadáveres examinados nos Institutos Médicos Legais de Maceió e Arapiraca, por meio de exames de necropapiloscopia.