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Previdência privada é opção de quem já pensa na aposentadoria

20 de maio de 2015

hand putting euro coin into pink piggy bank, isolated on whiteEm um cenário incerto com relação ao fim do fator previdenciário e a mudanças nas regras da aposentadoria aprovadas na semana passada pela Câmara, quem quiser programar um futuro que não dependa somente da Previdência Social pode encontrar na previdência privada uma alternativa de investimento para garantir tranquilidade financeira após anos de trabalho.

Os planos de previdência privada funcionam como uma espécie de poupança “forçada” a longo prazo, como explica o economista e especialista em Previdência Privada, Pedro Gomes. “As pessoas, cada vez mais, têm se interessado pelo o planejamento dos seus gastos e da sua vida financeira, principalmente os que batalham para ter uma vida mais confortável lá na frente”.

Foi justamente pensando em ter segurança financeira que a engenheira ambiental Juliana Marques, 28 anos, fez dois planos de previdência privada – um por conta própria antes mesmo de se formar há dois anos, e outro ao qual aderiu recentemente, uma vez que a empresa em que trabalha oferece o benefício aos seus funcionários.

“Se a gente não se planejar e organizar desde cedo nossa vida financeira, acaba gastando tudo e não sobra nada para o futuro”, diz. Precavida, a opção por manter os dois planos foi mesmo no sentido de aumentar o número de investimentos. “É um modo de juntar o suficiente para depois conseguir aproveitar e viver mantendo um bom padrão de vida”.

Juliana paga R$ 75 pela previdência privada que tem no Banco do Brasil, cuja taxa de administração cobrada pelo banco chega a R$ 17, em média. “Acabei preferindo deixar por ser um valor que não impactaria muito no meu orçamento, sem deixar de contribuir para a minha reserva pós-carreira”.

Já na previdência complementar que mantêm como benefício do local onde trabalha, a contribuição pode variar de 6% a 12% sob o valor do salário líquido. Neste caso, ela optou pela maior faixa de contribuição. “A principal contrapartida que eu vi é que a empresa vai aumentando o rendimento conforme a minha permanência lá. Como eu vislumbro construir uma carreira lá, acaba sendo a construção de um patrimônio durante a minha vida profissional”, afirma a engenheira ambiental, que pretende diversificar ainda mais os investimentos:

“A minha ideia é continuar juntando um pouquinho fora da poupança para ter uma renda melhor no futuro para que eu viva com qualidade”.

Longo prazo

A faixa de contribuição mínima para quem pretende aderir a um plano de Previdência Privada varia entre os bancos, mas podem chegar a média de R$ 25 a R$ 70 por mês. De acordo com o economista Pedro Gomes, a idade ideal para se iniciar um plano de previdência complementar é entre os 18 aos 20 anos. “Vai permitir uma rentabilidade maior por conta de uma maior quantidade de tempo de contribuição”.

Gomes chama atenção para a diferença entre os dois tipos de previdência privada ofertadas pelo mercado, o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL).

O PGBL é recomendado para quem já está com 30 anos, como explica o especialista. “Isto porque ele vai ter um tempo menor de contribuição, o resgate vai acontecer em um prazo menor”. A maior vantagem está também na declaração do Imposto de Renda. “Ele vai poder deduzir o valor total. O Imposto só vai ser descontado quando for resgatar a Previdência Privada”.

O VGBL é válido para quem vai demorar um tempo maior para resgatar. “Não haverá dedução do imposto de renda, mas em compensação, quando for receber lá na frente, não vai ser descontado Imposto de Renda do valor total do benefício resgatado”.

Dicas Na hora de escolher o melhor plano de Previdência Complementar vale observar o valor cobrado pelos bancos na taxa de administração e adequar também ao tempo que pretende restituir o valor, seja em parcela única ou como renda vitalícia. “O valor cobrado na taxa de administração pode influenciar negativamente o rendimento do plano”, orienta Pedro Gomes.

Outro ponto importante é ter disciplina para manter o pagamento do plano, sem deixar que ele saia da lista de prioridades. “Busque uma opção que caiba no seu orçamento. Não desista de manter o plano vivo a fim de atingir o objetivo a que ele se propõe”.

Quanto antes, melhor. A estudante de direito Júlia Cavalcanti, 22 anos, logo que entrou na faculdade fez adesão a um plano de previdência. “Minha mãe me incentivou a fazer. Depois desse toque, busquei mais informações e percebi o quanto é necessário”, afirma.

Mesmo sem ainda estar trabalhando, ela paga R$ 100 por mês pelo plano contratado. “Minha previdência tem um único objetivo: complementar minha renda numa aposentadoria ou diminuição de jornada de trabalho futura”.

Fonte: Correio24horas