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Presidente do CIST apresenta palestra durante encontro mundial em Lisboa

31 de julho de 2015

JosévGeraldo

José Geraldo da Silva, presidente do Clube Internacional de Seguros de Transporte (CIST)

José Geraldo da Silva, presidente do Clube Internacional de Seguros de Transporte (CIST), apresentou palestra durante o 59º Encontro dos Descobrimentos, tradicional evento promovido pelo CIC – Centro Internacional de Cultura, com objetivo de interação entre executivos de diversas nacionalidades. O CIC é presidido por Nelson Faria de Oliveira, proprietário do escritório Faria de Oliveira Advogados e diretor Jurídico & Assuntos Internacionais do CIST.

Esta edição do evento, que aconteceu de 19 a 23 de junho, em Lisboa, teve como tema “O Japão e o mundo ocidental”. Com o gancho, José Geraldo abordou “A participação das seguradoras japonesas no âmbito internacional e sua relação com a Brasil”, ressaltando a contribuição e a performance da indústria de seguros japonesa, no mercado mundial e brasileiro.

O jantar de abertura, dia 19, foi oferecido no Hotel Vila Galé Ópera. O dia 20 esteve reservado para passeios de veleiro no rio Tejo e visita à festa do Japão. No dia 21, a atração foi a colheita de cerejas no Norte de Portugal (Serra da Gardunha). Nos dias 22 e 23, aconteceram as palestras, homenagens e solenidades oficiais, na Fundação Calouste Gulbekian.

Na concretização do Encontro dos Descobrimentos, houve a participação de pessoas de diversos países e origens, entre empresários, profissionais liberais, executivos, políticos, embaixadores, cônsules, ministros, secretários de estado, banqueiros etc, dentro de uma filosofia irmanada com o espírito do “Milho Bom”, que basicamente ensina que, para cultivar milho bom, é preciso de ajudar os vizinhos a também terem sucesso.

Indústria japonesa do seguro

Geraldo explicou a importância do seguro na economia de um país, impulsionando o mercado financeiro, na formação de poupança pelas reservas técnicas constituídas pelas seguradoras. Sua função social (reparadora) protege também o patrimônio das empresas e pessoas, além de vidas.

Japão é o segundo país que mais consome seguro, com US$ 531,506 (bilhões) em prêmios, ficando atrás apenas dos Estados Unidos

Japão é o segundo país que mais consome seguro, com US$ 531,506 (bilhões) em prêmios, ficando atrás apenas dos Estados Unidos

Abordando a indústria de seguros japonesa, ele demonstrou que, de acordo com o ranking global de prêmios totais de 2013, o Japão é o segundo país que mais consome seguro, com US$ 531,506 (bilhões) em prêmios, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que produziram US$ 1,259,255. O Brasil está em 12º lugar, com a produção de US$ 88,931 de prêmios de seguros. A Japan Post Insurance é a maior seguradora do mercado japonês e a quarta maior seguradora global. O país conta com 52 companhias (30 domésticas e 22 estrangeiras), que empregam 93 mil funcionários.

“Aproximadamente 80% das receitas dos prêmios arrecadados no Japão são de seguros de vida. Nos ramos não vida, os potenciais riscos das seguradoras japonesas são os incêndios, os terremotos e os de interrupção de negócios”, disse.

Também explicou que no Brasil as seguradoras japonesas têm espaço relevante: Tokio Marine (9ª posição no ranking geral do país, 2,36% de mercado), Marítima Yasuda (10ª posição, 2,32% de mercado), Mitsui Sumitomo (30ª posição, 0,30% de mercado). “As três as seguradoras, respondem por 4,97% do mercado brasileiro, sendo os seguros não vida/ ramos elementares responsáveis por 93% dos prêmios arrecadados”.

O palestrante ainda abordou o trabalho da indústria de seguros no terremoto e tsunami no Japão em 2011, o maior desastre que já ocorreu. “O terremoto e o tsunami do Japão foram consideradas as catástrofes mais caras de todos os tempos. Apesar da gravidade, os prejuízos foram considerados ‘moderados’ para a infraestrutura do país por conta dos duros regulamentos para construções impostos pelo governo japonês”, disse.

O valor total supera o recorde anterior, de US$ 101 bilhões, em 2005, ano em que o furacão Katrina devastou Nova Orleans (EUA). “Só o terremoto e tsunami de 2011 no Japão custaram US$ 35 bilhões a US$ 40 bilhões para as seguradoras. Juntos, os dois sismos representaram cerca de metade das indenizações pagas por catástrofes naturais”.

Os prejuízos econômicos totais em 2011, inclusive os não cobertos por apólices, chegaram a US$ 380 bilhões, também superando o recorde anterior, de 2005, de US$ 220 bilhões. “Os terremotos motivam pagamentos recorde de seguros em 2011, as indenizações decorrentes de seguros contra desastre naturais, chegaram em 2011 ao valor de US$ 105 bilhões, segundo a Munich Re, maior empresa mundial de resseguros”.

Geraldo ressaltou que o poder de realização do povo japonês surpreendeu o mundo com a rápida reconstrução do pais, e serviu de exemplo para a indústria de seguros global pela organização de seus procedimentos.

Fonte: Segs