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Preço do seguro de carros populares varia até 32%

14 de outubro de 2017

Por G1 Campinas e Região

Trânsito na Avenida Francisco Glicério, em Campinas |Foto: Carlos Bassan

O preço do seguro de carros populares varia até 32,1% entre as regiões de Campinas (SP), de acordo com o sindicato que representa as corretoras de seguro (Sincor-SP). O levantamento feito a pedido pelo G1 considerou os cinco modelos mais vendidos no país, durante o primeiro semestre, e valores cobrados pelas companhias em dez áreas: Centro, Taquaral, Cambuí, São Bernardo, Jardim Chapadão e distritos de Barão Geraldo, Campo Grande, Nova Aparecida e Ouro Verde e Sousas.

Os cinco modelos mais vendidos de janeiro a junho foram: Chevrolet Onix (83,2 mil unidades), Hyundai HB20 (51,1 mil), Ford Ka (44,6 mil), Renault Sandero (38,8 mil) e Volkswagen Gol (36,2 mil). Já o perfil usado na cotação, segundo a entidade, foi de uma mulher com 30 anos, que tenha garagem disponível em casa e local de trabalho e não mora com pessoas de 18 a 26 anos.

Levantamento

A maior variação foi verificada para o modelo Gol. O preço mais baixo verificado para o sindicato, de R$ 2,3 mil ocorre no Jardim Chapadão; e o mais alto, de R$ 3 mil, é praticado no São Bernardo.

Na segunda colocação, está o HB20. Segundo o sindicato, o custo mais vantajoso chega a R$ 2 mil no distrito de Sousas; e o mais elevado, de R$ 2,7 mil, foi registrado no Campo Grande e Ouro Verde. A diferença equivale a 25,4%, de acordo com levantamento feito pela entidade.

A menor oscilação é do Onix, equivalente a 7,3%. O preço mais baixo é de R$ 2 mil, no Cambuí; e na contramão o mais “salgado” é cobrado dos moradores do São Bernardo – corresponde a R$ 2,1 mil.

De acordo com o Sincor-SP, o preço do seguro para motocicletas não varia entre regiões da cidade.

Variação de preço do seguro para carros populares

Região Volkswagen Gol Renault Sandero Hyundai HB20 Ford Ka Chevrolet Onix
Centro R$ 2.390,74 R$ 2.014,96 R$ 2.102,22 R$ 2.123,05 R$ 2.035,07
Campo Grande R$ 2.995,39 R$ 2.262,13 R$ 2.716,91 R$ 2.391,51 R$ 2.193,10
Ouro Verde R$ 2.995,39 R$ 2.262,13 R$ 2.716,91 R$ 2.391,51 R$ 2.083,44
Taquaral R$ 2.419,99 R$ 2.189,70 R$ 2.186,74 R$ 2.130,29 R$ 2.130,98
Sousas R$ 2.368,75 R$ 2.042,72 R$ 2.098,13 R$ 2.118,71 R$ 2.077,91
Barão Geraldo R$ 2.377,14 R$ 2.158,99 R$ 2.132,03 R$ 2.118,71 R$ 2.130,44
Cambuí R$ 2.361,72 R$ 1996,01 R$ 2.100,57 R$ 2.121,85 R$ 2.034,70
São Bernardo R$ 3.093,47 R$ 2.256,02 R$ 2.745,72 R$ 2.468,17 R$ 2.184,28
Jardim Chapadão R$ 2.340,13 R$ 2132,47 R$ 2.106,86 R$ 2.126,62 R$ 2.129,95
Nova Aparecida R$ 2.497,23 R$ 2.245,05 R$ 2.285,39 R$ 2.133,86 R$ 2.165,46

Influência sobre os preços

O diretor executivo da entidade, Carlos Cunha, explica que o preço do seguro é calculado com base nos índices de inflação, número de acidentes (incluindo problemas mecânicos), preço da mão de obra cobrado por montadoras e a quantidade de furtos e roubos de carros registrados nos bairros.

“Os crimes equivalem a 45% desta precificação e o monitoramento é feito quase diariamente para ajustes. Ela aumenta ou diminui de acordo com essa ‘atratividade’ verificada no levantamento.”

Ele ressalta que o preço também costuma ser mais elevado em municípios localizados em áreas próximas às rodovias – uma vez que podem servir de rotas para fuga – e quando o motorista tem de 18 a 25 anos. A orientação é para que os clientes façam pesquisas antes de assinar um contrato.

“É muito importante que a pessoa tenha um corretor para solicitar esta pesquisa mercadológica.”

Violência

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), de janeiro a agosto foram furtados 2.799 carros na cidade, 67 a mais do que no mesmo período do ano passado. Em relação aos roubos, foram contabilizados 2.241 nos primeiros oito meses deste ano, 82 a mais que em 2016.

A Polícia Civil defendeu, por meio de assessoria, que faz operações em oficinas e estacionamentos suspeitos, além de bloqueios nos locais em que há maiores incidências dos crimes.

“O trabalho realizado pelas polícias no município de Campinas possibilitou a recuperação de 2.187 veículos roubados ou furtados e a prisão de 3.058 criminosos, de janeiro a agosto”, diz texto.

Além disso, a pasta alegou que desde a implantação da Lei dos Desmanches para combate ao comércio ilegal de peças automotivas, em 2014, até setembro deste ano, 1,3 mil estabelecimentos foram fiscalizados e 151 foram lacrados no estado de São Paulo.

Cidade mais cara

Ainda de acordo com o Sindicato dos Corretores do Estado de São Paulo, Sumaré (SP) tem o preço de seguro mais caro da Região de Campinas. Considerando um veículo popular conduzido por um homem de 40 anos, casado, e que tem garagem em casa e no trabalho, o valor chega a R$ 2,3 mil, menos do que as outras quatro maiores cidades da RMC: Campinas (R$ 1,9 mil), Piracicaba (1,9 mil), Americana (R$ 1,9 mil) e Limeira (R$ 1,8 mil).

O diretor do Sincor Adelairton Ferreira Eloi afirmou que, além da violência, – Sumaré registrou 577 casos de roubo e furto de veículos de janeiro a agosto deste ano, segundo a SSP – outro fator que aumenta o valor do seguro no município é o fato de ser uma cidade onde os moradores viajam muito até outras cidades para trabalhar.

“A locomoção, o uso do carro, tudo isso conta. Por exemplo, se a pessoa faz uma faculdade, o carro está mais exposto, todos esses fatores fazem o preço subir”, explicou.