Após oito meses de investigações, a Polícia Civil de Belo Horizonte, na última segunda-feira (24), desencadeou a operação Galézia, e prendeu grupo criminoso responsável por roubar milhões em seguros DPVAT. A estimativa da polícia é de que, em um ano, o prejuízo tenha sido de, aproximadamente, R$ 2,7 milhões.
Durante as ações da polícia, quatro pessoas foram presas, sendo duas irmãs, um homem de 32 anos e uma mulher de 25. Os presos irão responder pelos crimes de estelionato em concurso material, falsidade ideológica, falsificação de documento público, uso de documento falso, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e extorsão mediante sequestro.
Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa dos investigados, onde foram encontrados milhares de documentos, incluindo certidões de óbito, certidões de casamento e nascimento (em branco e falsificadas ideologicamente), carteiras de trabalho em branco, espelhos de carteiras de identidade, centenas de cartões bancários em nome de diversas pessoas, bem como equipamentos destinados à produção de documentos falsificados.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Hugo Arruda, o grupo preparava os próprios documentos que depoisseriam utilizados para praticar as fraudes, que consistiam em falsificar ocorrências policiais de crimes de trânsito e dar entrada nas seguradoras para receberem o seguro DPVAT. Os criminosos, inclusive, falsificaram carimbos da Polícia Civil e da Polícia Militar para utilizarem nos golpes.
“Os suspeitos pegavam uma ocorrência de trânsito verdadeira e modificavam os nomes das partes, utilizando para tanto carteiras de identidade, certidão de óbito, de casamento, todas falsificadas. Com os documentos fraudados eles passaram a abrir contas bancárias com esses nomes para embolsarem o dinheiro dos seguros”, explicou Arruda.
Com o dinheiro a quadrilha levava uma vida de ostentação. Eles moravam em imóveis de luxo, andavam em carros importados, e compravam acessórios e roupas de grifes importadas. Dos presos, apenas duas das três mulheres possuíam registros policiais pelo crime de estelionato.
Ao decorrer das investigações foram apreendidos, ainda, quatro veículos de luxo, um Hyundai/Sonata, um Mini Cooper, um Honda/HRV e um Fiat/Bravo, além de dinheiro, joias e objetos de alto valor adquiridos com os crimes.
Fonte: Hoje em Dia
