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Nova lei de seguro abre oportunidade de negócios, diz especialista

02 de setembro de 2016

seguroviagemO mercado de seguro de viagens tem uma nova dinâmica no ar. Com a recente regulação do segmento no Brasil, em andamento desde março graças às regras estabelecidas pela Resolução 315 da Susep, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, novas responsabilidades e oportunidades devem aparecer para as agências de viagens, conforme lembra o especialista da corretora Bekup Soluções em Seguros, Evandro Correa.

“Com o ator principal (Susep) estabelecendo as regras do jogo, coordenando e apontando as responsabilidades de cada um no setor, o seguro viagem passa a ter um órgão fiscalizador claro. Ainda teremos um processo de maturação e aculturamento do novo produto, um tempo de acomodação que deve durar até o final deste ano quanto à responsabilidade de cada um. Mas a venda consciente precisa existir. Não dá mais para comercializar sem cobertura básica.”

Para Correa, o seguro passa a ser mais do que proteger e assistir para ser “uma grande oportunidade de negócios”. Entre eles está a chance de o agente de viagens atuar no mercado com a venda consultiva de seguro para eventos. “Hoje temos um produto viável de cobertura específica para o organizador do evento e para o expositor, por exemplo”, ressalta o executivo lembrando o imprevisto ocorrido no 38º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, realizado em setembro do ano passado em Florianópolis (SC), em que parte do teto desabou e feriu seis pessoas gravemente.

“Esse é um evento de grande envergadura e que teve um imprevisto dessa ordem. Muitas agências que estavam presentes realizam eventos à indústria farmacêutica, automotiva e outras.”

Correa lembra que os imprevistos podem corresponder a altos custos. Segundo ele, o custo médio de uma consulta no exterior é de US$ 1.350; do atendimento básico para acidente ortopédico (braço quebrado) nos EUA é de U$$ 8 mil; de uma intervenção cirúrgica simples, como apendicite, o valor pode chegar a US$ 30 mil.

Os seguros viagem, contudo, ficam na faixa dos US$ 50-70, com coberturas que chegam a US$ 250 mil.

Outra questão importante levantada com a Resolução 213 é o uso do cartão corporativo. Dada a cobertura de certos cartões, empresas optam pela não contratação de um seguro viagem específico. “Mas é preciso ver que esses cartões não são o suficiente. Eles têm limites de atendimento de US$ 10 mil para EUA, Canadá e Ásia, ou de 30 mil euros para a Europa. Agora tem a oportunidade de se adquirir produtos com limites de US$ 100 mil, US$ 250 mil, que são os mais procurados no mundo corporativo.”

Correa finaliza defendendo que as agências e empresas devem “levantar a bandeira” de proteger pessoas. “O agente tem o dever de proteger, orientar e de oferecer o seguro adequado à viagem.”

Fonte: PANROTAS