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Mercedes: carros podem ser ainda mais seguros

12 de dezembro de 2015

Marca exibe todas as tecnologias de auxílio à condução já disponíveis na Europa, mas regulamentação brasileira atrapalha

Thiago Moreno, de Piracicaba (SP) / Fonte: iCarros

Foto: Thiago Moreno

A Mercedes-Benz demonstrou no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo – ECPA – em Piracicaba (SP) todas as capacidades da filosofia “Intelligent Drive”, que está sendo aplicada a toda a linha da marca, na Europa pelo menos. O conceito engloba o uso de radares, câmeras e os demais sistemas eletrônicos de controle do veículo para tornar a condução mais segura. Algumas delas, como o assistente ativo de frenagem, já usado até em caminhões, como o pesado Actros, presente na demonstração.

Os sistemas de segurança

Active Lane Assist – No Brasil já estamos acostumados ao assistente de mudança de faixa, que emite sinais sonoros ou visuais ao motorista quando detectada uma mudança não intencional de faixa de rolamento. Atuando no controle de estabilidade e utilizando câmeras montadas no para-brisas do carro, o sistema da Mercedes reconhece que o veículo está deixando a faixa e, freia as rodas do lado oposto à mudança para trazer o carro de volta, evitando um acidente.

Active Blind Spot Assist – Demonstra no espelho retrovisor externo quando automóveis ou motocicletas entram no ponto cego. O sistema alerta o motorista ao detectar uma possível situação de risco e pode evitar acidentes com auxílio de frenagem, assim como no Active Lane Assist, mas usa o acionamento dos piscas para saber qual é a intenção do condutor.

Collision Prevent Assist Plus – Combina o uso dos sensores de distância do controle de cruzeiro adaptativo e o assistente de frenagem para brecar o carro de maneira parcialmente autônoma detectando a proximidade do veículo, pedestre ou obstáculo à frente.

PRE-SAFE Brake – Com reconhecimento de pedestre, possui câmera e sistema de monitoramento de curta, média e longa distância monitorando a área à frente do automóvel e podem juntos reconhecer pessoas localizadas nesse espaço, assim como seus movimentos. Com risco de colisão, o sistema emite um alerta visual e sonoro ao condutor.

Distronic Plus – A tecnologia de segurança mais avançada do atual portfólio de produtos da Mercedes-Benz, o sistema utiliza os demais componentes de auxílio à condução do carro para que, com o controle de cruzeiro ativado, o veículo consiga de maneira autônoma usar as faixas de rolamento para se guiar automaticamente não só em linha reta como também em curvas não acentuadas. Se não houver faixas – como é comum em estradas brasileiras – o veículo pode se guiar seguindo o veículo a frente, inclusive efetuando frenagens totais e reacelerações a partir da imobilidade sem a interferência do condutor. Porém, o Distronic Plus ainda exige que o condutor mantenha as mãos no volante, caso o sistema não consiga fazer o trabalho sozinho e para não tirar do motorista a responsabilidade em caso de acidente.

O que tem no Brasil, o que não tem e por que não tem?

Apesar de todos esses sistemas já equiparem veículos da Mercedes fora do Brasil, por aqui, o único que está disponível desde o Classe A ao Classe S é o Park Assist, que se encarrega de fazer a baliza sozinho. O sedã grande da marca ainda conta com visão noturna por infravermelho, mas é um caso isolado.

O mais curioso é que apesar de os sistemas de segurança estarem disponíveis e homologados para os carros, no Brasil encontram uma dificuldade no mínimo inusitada: os radares de monitoramento utilizados operam numa frequência de 24 GHz Ultra Wide Band que, por aqui, só pode ser usado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Assim a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não libera o uso dos sistemas de segurança nos carros que são trazidos ao Brasil.

“Nós trouxemos um Classe S para cá há seis meses para demonstrar às autoridades os benefícios que esses tipos de sistemas podem trazer”, afirma Dirlei Dias, gerente sênior de Marketing e Vendas para automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. “Com tais equipamentos, poderia se economizar em atendimento médico, pois menos acidentes aconteceriam e, para o consumidor, é possível até que a apólice de seguro caia de valor, pois a chance do veículo se envolver numa batida é menor”, completa.

Fonte: ICarros