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Mercado amplia os descontos e oferece seguro desemprego

28 de outubro de 2015

imóveisEm tempos de recessão econômica, com o mercado imobiliário atravessando um período de baixa, as construtoras estão diversificando as formas de negócios e ampliando benefícios a quem está disposto a comprar. Descontos que podem chegar a R$ 200 mil e “seguro desemprego” são algumas dessas novidades. A regra é atrair o consumidor e liquidar as unidades em estoque. Tal estratégia, segundo analistas do setor, poderá reverter os baixos resultados registrados no primeiro semestre no setor.

O desconto fez diferença para o empresário Marcos Aurélio Miranda dos Santos, de 33 anos, na hora de comprar o imóvel. Após um ano de pesquisa, ele conseguiu fechar o negócio. A oferta de 12% de abatimento no valor total do apartamento, em Capim Macio, pesou na decisão. “Vinha procurando há um ano e quando vi a oportunidade de um empreendimento pronto com esse desconto, além de serviço de assessoria pós-obra, resolvi fechar”, conta o empresário.

O negócio foi feito durante um feirão imobiliário em que construtoras mostraram criatividade para conseguir recuperar as vendas. Uma série de promoções e brindes, como decoração de espaços, pagamento de taxas de impostos (ITVI), financiamento direto com a construtora e a prática de prestações fixas são algumas das armas usadas na disputa pelo cliente. “A crise aumentou o poder de barganha para quem já está com dinheiro para comprar, além de oferecer facilidades que em outro período não encontraria”, acrescenta Marcos Santos.

Mesmo com as novas regras para o financiamento de imóveis, em vigor desde o início do ano – que aumentou a taxa de juros e reduziu o teto do valor a ser financiado -, o empresário conta que há oferta de crédito e não houve dificuldades em contrair o financiamento. “Investir em imóveis ainda é a forma mais segura de proteger o capital e mais rentável que algumas aplicações”, acrescenta Marcos Santos.

“Para quem está em busca de imóvel, as condições são favoráveis apesar da crise”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas Imobiliárias (Secovi/RN), Renato Gomes Neto. A partir dos pacotes promocionais, o mercado imobiliário em Natal estaria dando sinais de recuperação após um primeiro semestre de resultados negativos e poderá, segundo Neto, fechar 2015 com o ritmo de vendas no mesmo patamar do ano passado.

“O setor sentiu o impacto da crise financeira, com estoques de construtoras e incorporadas parados. As promoções permitem uma retomada de vendas promissora, além de diminuir estoque, há captação de recurso para voltar a lançar no próximo ano”, afirma Renato Gomes.

A tendência, depois de um período de fuga de compradores com restrição de credito e mudanças de regras, é o mercado estabilizar. “No curto prazo o impacto foi negativo, mas no longo, o mutuário sairá ganhando em ter uma prestação menor”, explica o presidente do Secovi.

Reflexo mais imediato é a mudança no perfil de consumo. As vendas não demonstram mais “uma ascensão de padrão”, seja em área ou localização mais privilegiada de apartamentos e casas. Bairros considerados “nobres” e com boa infraestrutura urbana, como Tirol e Petrópolis, registram redução nas vendas, enquanto a demanda cresce para bairros mais afastados, como o Planalto. “A preferência é por imóveis menores de 80 m2 a 110m2, mas com o conforto do formato de condomínio club”, analisa o presidente do Secovi.

Até o fechamento desta edição, a TRIBUNA DO NORTE não teve retorno da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, sobre financiamento imobiliário. O Sinduscon também foi procurado, mas não respondeu as questões enviadas.

Fonte: Tribuna do Norte