Estudo aponta avanços em 16 regiões metropolitanas e pode guiar ações em microsseguro
As seguradoras que atuam com microsseguro devem avaliar as conclusões do novo estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre vulnerabilidade social em regiões metropolitanas. O estudo avalia o aumento ou redução da resiliência social em 16 regiões metropolitanas e conclui que o País ficou mais forte na comparação entre 2000 e 2010, com destaque para a evolução das diretrizes “Renda e trabalho” e “Capital Humano”. O estudo é uma fotografia oportuna para que as empresas escolham as praças que mais estão aptas para a oferta de seguros voltados para a população de baixa renda.
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omplementar ao Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios, divulgado no início de setembro, esta nova publicação e uma base de dados – disponível no endereço http://ivs.ipea.gov.br – trazem o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) das RMs de Belém, Belo Horizonte, Vale do Rio Cuiabá, Curitiba, Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (RIDE-DF), Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Grande São Luís, São Paulo e Grande Vitória e de suas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs). O melhor IVS foi observado nas RMs de Porto Alegre (0,270), do Vale do Rio Cuiabá (0,284) e de Curitiba (0,285), todas na faixa da baixa vulnerabilidade social. A redução foi, comparativamente, maior na RM do Vale do Rio Cuiabá (31%), que passou de um IVS de 0,412 (alta vulnerabilidade social), em 2000, para 0,284 (baixa vulnerabilidade social), em 2010. As maiores evoluções ocorreram na dimensão renda e trabalho e foram observadas em 14 das 16 Regiões Metropolitanas em estudo.
A diminuição da vulnerabilidade social associada à renda e trabalho ocorreu, em maior proporção, em RMs das regiões Sul e Sudeste, a exemplo das RMs de Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Grande Vitória e São Paulo. Na dimensão capital humano, a diminuição mais expressiva da vulnerabilidade social ocorreu em Curitiba (34%) – nenhuma Região Metropolitana estudada apresentou evolução inferior a 26%. A dimensão infraestrutura urbana foi a que registrou os menores progressos, não havendo casos de aumento da vulnerabilidade.
Variações superiores a 10% foram observadas apenas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, A Região Metropolitana da Grande São Luis, mesmo apresentando a maior evolução na infraestrutura urbana (redução de 24%), ainda permaneceu com a maior vulnerabilidade entre as 16 RMs analisadas, especialmente no que diz respeito ao “acesso ao saneamento (água, esgoto e coleta de lixo)” e ao “tempo de deslocamento casa-trabalho”. O seu IVS em 2010 foi de 0,527 – única ainda na faixa da muito alta vulnerabilidade social nesta dimensão.
Fonte: CNseg