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Intolerância à lactose se torna cada vez mais comum entre os brasileiros e pode ser controlada com dieta equilibrada

14 de abril de 2023

Pesquisa do Instituto Datafolha aponta que cerca de 53 milhões de pessoas no país relatam sentir algum desconforto associado ao consumo de produtos lácteos

Leite, iogurte e queijo são alguns dos alimentos mais presentes na dieta do brasileiro. Para alguns, eles podem ser um verdadeiro afago para o paladar. Para outros, estes ingredientes podem ser sinônimos de mal-estar e provocar sintomas como dor abdominal, náuseas, diarreia e gases. Quando isso acontece, é possível que o paciente apresente um quadro de intolerância à lactose.

A nutricionista do Hapvida NotreDame Intermédica, Icléa Rocha, explica o que causa a síndrome, que tem se tornado cada vez mais comum entre os brasileiros. Segundo o Instituto Datafolha, cerca de 53 milhões de pessoas no país já relatam sentir algum desconforto associado ao consumo de produtos lácteos.

“A intolerância à lactose é causada pela diminuição ou não produção da enzima responsável por digerir e absorver a lactose, que nada mais é que o açúcar presente no leite e seus derivados. O paciente pode desenvolver o distúrbio assim que nasce, por fatores genéticos, que são herdados do pai ou da mãe, ou ao longo da vida”, diz.

Lactose em alimentos industrializados e medicamentos

Os sintomas provocados pela síndrome, normalmente, se iniciam entre 30 minutos até 2 horas após a ingestão de alimentos ricos em lactose. A nutricionista chama atenção para a importância de o paciente estar atento não apenas ao consumo de lácteos, como também alimentos industrializados ou até mesmo alguns medicamentos que podem conter lactose em sua composição.

“O mais recomendado é que estes alimentos sejam temporariamente retirados da dieta. Gradativamente, com a evolução da recomposição da flora intestinal e seu restabelecimento saudável, e, dependendo ainda do grau e do tipo da intolerância, existe a possibilidade da reintrodução gradativa destes alimentos de forma restrita. Lembrando que é necessário que o paciente seja acompanhado por médico e nutricionista”, reforça.

Tratamento e qualidade de vida

A especialista do Hapvida NotreDame Intermédica esclarece que é possível que o paciente tenha qualidade de vida e sinta prazer ao se alimentar com a adoção de hábitos saudáveis e uma dieta equilibrada.

“Para todos os casos de intolerância, há a possibilidade do consumo de leite e seus derivados provenientes de vegetais e cereais, como soja, castanha, amêndoas, aveia e arroz. Também é comum a utilização da enzima lactase na forma de cápsula ou sachês para diluição, que podem ser ingeridos minutos antes do consumo dos alimentos ricos em lactose”.

Confira outras dicas da nutricionista:

  • Para que o organismo não sofra com a deficiência de cálcio, procure ingerir outros alimentos ricos neste mineral como brócolis, ervilha e couve-flor;
  • Busque alternativas para substituir os derivados do leite. Grandes marcas já possuem uma vasta linha de produtos sem lactose, desde o leite UHT até o creme de leite e a manteiga;
  • Para quem não abre mão do queijo, o tofu pode entrar como uma boa opção;
  • Prepare seu próprio alimento: o biscoito que você tanto gosta é fabricado com leite? Tente criar uma versão caseira sem esse ingrediente. Assim, você desenvolve seus dotes culinários e come algo saudável.