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Infecção alimentares mais comuns são as causadas por bactérias

25 de janeiro de 2018

Quem nunca teve uma infecção alimentar? Comum no nosso dia a dia, a infecção alimentar ocorre ao consumir alimentos ou bebidas contaminadas com micróbios causadores de doenças, ou patogênicos, que incluem uma variedade de bactérias, vírus e parasitas. Os micróbios entram no organismo através do trato gastrintestinal.

De acordo com o clínico geral do Hapvida Saúde, Paulo Sampaio, muitos micróbios podem se espalhar de mais de uma forma, de modo que não é possível sempre saber se a doença foi de origem alimentar. “Essa distinção é importante, uma vez que as autoridades públicas precisam saber como uma doença está se espalhando, para tomar as medidas apropriadas, a fim de combatê-la”, destaca o profissional.

Segundo o clínico, as infecções alimentares mais comuns são aquelas causadas pelas bactérias Campylobacter, E. coli O157:H7 e Salmonella, e também por um grupo de vírus chamado calicivirus.

“Campylobacter é uma bactéria patogênica, que causa febre, diarréia e dor abdominal. É a bactéria mais comumente idenficada como causa de diarréia no mundo. Essa bactéria vive no intestino de pássaros saudáveis e a maioria das carnes de frango cruas têm a Campylobacter. Comer frango sem cozinhá-lo é a causa mais comum dessa infecção”, explica Sampaio.

Salmonella também é uma bactéria que vive no intestino de pássaros, répteis e mamíferos. Segundo o médico, ela pode infectar humanos por vários tipos diferentes de alimentos de origem animal. “A doença tipicamente inclui febre, diarreia e dor abdominal. Se a pessoa tiver o sistema imunológico fraco, a bactéria pode invadir a corrente sanguínea e causar infecção que precisa de tratamento por toda a vida”, alerta.

Já a “E. coli O157:H7”, explica o médico, é uma bactéria patogênica que tem como hospedeiros gado e animais similares. “A infecção em humanos geralmente segue-se ao consumo de alimentos ou água que foi contaminada com quantidades microscópicas de fezes de gado. Os sintomas da doença causada pela E. coli O157:H7 geralmente são diarréia grave com sangue e cólicas abdominais fortes, sem muita febre. De 3 a 5% dos casos há uma complicação chamada síndrome hemolítica urêmica, que pode ocorrer várias semanas depois dos sintomas iniciais. Essa complicação grave inclui anemia temporária, sangramento forte e falha renal”, afima Sampaio.

Sobre os vírus

Os vírus Calicivirus são uma causa muito comum de infecção alimentar, embora raramente diagnosticados porque os testes laboratoriais não são amplamente disponíveis. “Esse tipo de infecção alimentar causa doença gastrintestinal aguda, geralmente com mais vômito do que diarreia, que costuma passar em dois dias. Acredita-se que a forma de contaminação desses vírus seja de uma pessoa infectada para a outra através do contato com alimentos”, pontua o médico.

Segundo o clínico geral, os primeiros sintomas da infecção são náuseas, vômitos, cólica abdominal. Diarreia também são comuns. Para tratamento, deve-se consultar o médico se a diarreia for acompanhada de uma dessas causas: febre alta, sangue nas fezes, vômito prolongado que impede manter os líquidos ingeridos, sinais de desidratação como diminuição na urinação, boca ou garganta seca, tonteira quando levanta ou ainda diarreia que dura mais de 3 dias.

“Não fique surpreso se o médico não receitar antibiótico. Muitos casos de diarreia causados por vírus melhorarão em dois ou três dias sem antibióticos. De fato, antibióticos não têm efeito em vírus e podem causar mais mal do que bem se usados sem necessidade. Outros tratamentos podem aliviar os sintomas e lavar as mãos cuidadosamente pode prevenir que a infecção se espalhe para outras pessoas”, finaliza o médico.

Fonte: Beatriz Nunes