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ICSS caiu 12,3 pontos percentuais em março

16 de abril de 2015

O Índice de Confiança e Expectativas do Setor de Seguros (ICSS), calculado a partir de pesquisa realizada pela FENACOR, teve nova queda em março, fechando em 68,8%. No fechamento do primeiro trimestre, o índice seguiu sua trajetória de queda, ficando 12,3 pontos percentuais abaixo dos 81,1% apurados em janeiro.

Segundo a pesquisa da FENACOR, a grande maioria dos seguradores (82%), corretores (77%) e resseguradores (75%) acredita que o cenário econômico ficará “pior” ou “muito pior” até o final deste ano.

Essa expectativa preocupa já que o setor é um importante investidor institucional, permeando a vida dos cidadãos em situações de crise e devolvendo ao mercado 85% do que é pago por eles, através de indenização, benefícios da previdência complementar aberta e sorteios na capitalização.
Segundo o presidente de FENACOR, Armando Vergilio, o setor tem função estratégica para a economia. “Essa dinâmica faz girar um montante de 4% do PIB (Produto Interno Bruto). Se o setor de seguros e suas demais atividades têm queda, isso pode refletir agora e no futuro em empregos, investimentos e até mesmo na segurança de diversas ações da população e empresas”, explica.
Com a economia em desaquecimento, o número de novos contratos tende a cair, havendo apenas manutenção do que já é feito. Um exemplo é a indústria de carros que, vendendo menos, não fecha novos contratos de seguros. O Índice de Confiança e Expectativa das Seguradoras (ICES) mostra este processo, quando inicia sua trajetória de declínio, a partir de fevereiro de 2014.
Contudo, a mesma pesquisa indica que 58% dos seguradores, 55% dos corretores e 56% dos resseguradores esperam um faturamento igual ou maior para o mercado, apesar do quadro instável na economia. E 54% dos seguradores, 45% dos corretores e 44% dos resseguradores apostam em uma rentabilidade igual ou melhor em 2015. Assim, na visão do mercado, há espaço para crescer, mesmo na crise.
Sobre a rentabilidade, mesmo com a alta dos juros, que pode compensar a queda de faturamento, as empresas temem a redução nos lucros. 50% das corretoras e resseguradoras acham que a rentabilidade será pior.

Sobre os rumos de balanço do segundo bimestre e, consequentemente, do primeiro semestre, o coordenador técnico do estudo, Francisco Galiza, diz que há incerteza. “Não apenas no setor de seguros, mas na economia como um todo, é grande a incerteza. A torcida é que, pelo menos, haja uma estabilidade para que o índice comece a se recuperar no segundo semestre”.

Fonte: Fenacor