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GT discutirá empoderamento das mulheres

09 de março de 2016

Presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano

Presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano

Executivas de seguros vão avaliar condição feminina e propor ações institucionais afirmativas

A CNseg criará um grupo de trabalho, formado exclusivamente, por executivas de seguros, para discutir o processo de empoderamento das mulheres no setor, identificar problemas para redução da desigualdade de gênero, como propõe a “Metas do Milênio” da ONU, desenvolver métricas e propor ações institucionais afirmativas em prol da ascensão feminina à alta administração ou à liderança na representação do mercado.

“A participação das mulheres no seguro, seja na condição de executivas de alta administração, seja em vários postos de liderança, é uma conquista a ser comemorada e incentivada. Não apenas pelo reconhecimento que lhes é devido no contexto histórico, mas, principalmente, por colocar o nosso setor entre aqueles que exercem protagonismo no processo de empoderamento da mulher. Cabe ainda lembrar que o avanço da igualdade de gênero é também um passo importante para um desenvolvimento inédito da sociedade e da economia mundiais, segundo a ONU. Então, a constituição de grupo de trabalho para avançar nesse assunto é uma bandeira progressista que a CNseg vai encampar com a prioridade e o respeito que merece”, afirma o presidente da CNseg, Marcio Coriolano.

O anúncio ocorreu no Dia Internacional da Mulher, comemorado todo ano no dia 8 de março, e ratificou o compromisso da entidade de representação máxima do mercado com a promoção da igualdade de gêneros. Nesse sentido, a posse de Solange Beatriz Palheiro Mendes na presidência da FenaSaúde é emblemática, por ocorrer após 65 anos de criação do sistema de representação do mercado segurador. É uma quebra de paradigma importante, ainda mais se consideradas ações de algumas seguradoras, como a reserva para mulheres no preenchimento de 20% nos cargos de alta administração.

Apesar disso, o processo de liderança feminina e de igualdade de gênero no mercado de seguros precisa de grandes ajustes. Levantamento mais recente mostra que as mulheres já representam a maior parte da força de trabalho do setor, mas sua remuneração média representa 60% da renda dos homens. Entrevistas com mulheres que atuam no mercado de seguros mostram que o quadro atual é mais favorável do que há 20 anos, mas existe um longo caminho para a igualdade de gênero, algo que a CNseg passa a esquadrinhar a partir de agora.

A edição de 2014 do Relatório de Responsabilidade Social e de Sustentabilidade do Mercado Segurador mostra que a participação das mulheres no setor respondia por 56,6% dos cargos (23.078) contra 43,4% dos homens (17.681). Contudo, na chamada área corporativa (Estratégia, Relação com Investidores, Governança Corporativa), o total de funcionário empregado (632) era predominantemente do sexo masculino (51%). A maioria masculina também prevalece no chamado funcionários de nível tático, com homens preenchendo 52% das vagas totais, de 7.364.

Mas, entre funcionários de nível operacional, com 32.297 vagas existentes, as mulheres lideram, com 59% dos postos. Por fim, no grau de escolaridade, também o número de mulheres com escolaridade mais alta é observada em todos os níveis de ocupação. Só para exemplificar, 9.485 são do sexo feminino, contra 6.964 do sexo masculino.

Fonte: CNSeg