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Evento debate perspectivas do setor

23 de dezembro de 2015

alexandrenogueiraA evolução, as perspectivas e os desafios que se aproximam do setor foram a tônica de duas palestras apresentadas em encontro que reuniu, na sexta-feira, 18, analistas do mercado de capitais e representantes do mercado segurador, na sede da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) do Rio de Janeiro.

Os executivos Alexandre Nogueira, diretor de Marketing da Bradesco Seguros, e Alexandre Leal, superintendente de Regulação da CNseg, enumeraram alguns dos principais problemas para o crescimento sustentado do setor. A comunicação mais azeitada com os consumidores, sobretudo a geração millenium, o avanço da tecnologia, com a crescente digitalização dos negócios, a exigência de novos aportes dos acionistas, a conjuntura econômica negativa estão entre os fatores que vão contribuir para a expansão mais ou menos acelerada do mercado, dependendo do bom equacionamento dessas questões.

Alexandre Nogueira reconheceu que as formas de abordagem dos clientes de seguros do futuro serão totalmente diferentes das conhecidas hoje e as ações voltadas para este consumidor mais afeito à economia colaborativa e às compras online devem ser pensadas urgentemente, sobretudo porque, a partir de 2016, 50% da chamada geração digital passa a fazer parte do mercado de trabalho. “Essas pessoas acreditam bastante nas recomendações das outras pessoas, não prestam atenção aos detalhes das propagandas e recebem uma carga excessiva de informações”, lembrou ele.

Atualmente, 3,2 bilhões de pessoas são usuários de internet em todo o mundo. Dentro de quatro anos, esse número alcançará 6 bilhões, um indicativo de que a mudança de comportamento do consumidor vai se acelerar.

Já Alexandre Leal apresentou dados mostrando a evolução do mercado e suas perspectivas. Ele assinalou que o setor saiu de uma participação em relação ao PIB de 4,8% em 2010 para 5,9% no ano passado. Esta relação pode ser ampliada este ano porque o PIB apresenta forte contração este ano, ao passo que o mercado, crescimento nominal na casa de dois dígitos, o que pode fazer seguros ter uma participação acima de 6% do PIB.

Mesmo assim, não é para comemorar este avanço enviesado de participação. “O mercado de seguros se beneficiou enormemente da estabilidade econômica e do aumento de renda da população.

E agora, considerando-se o momento econômico desfavorável, torna-se um desafio para o setor reter clientes”, assinala.

Uma boa alternativa é a criação de novos seguros. O seguro popular, aquele que, usando-se peças oriundas de empresas de desmontagem, permite a oferta para carros mais velhos; o Prev Saúde, produto de acumulação destinado ao pagamento futuro das despesas com saúde- em fase de discussão no governo; e o Universal Life são boas apostas para o mercado de seguros ampliar sua taxa de penetração no País.

Fonte: CNSeg