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Em meio a crise econômica, procura por seguros de vida cresce

01 de setembro de 2015

Seguros de vida cresce 12,99% em 2015

Seguros de vida cresce 12,99% em 2015

Na contramão da crise econômica enfrentada por diversos setores, o mercado brasileiro de seguros de pessoas, que engloba os seguros de vida e outras modalidades de proteção de riscos, registrou crescimento em 2015.

Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o valor pago para contratação de coberturas do seguro de vida foi de R$ 6 bilhões no primeiro semestre, alta de 12,99% em relação a igual período do ano passado.

O seguro de vida é um contrato firmado com uma seguradora para garantir proteção financeira aos beneficiários/dependentes da pessoa no caso de sua morte. Também cobre situações como invalidez permanente. Existem os planos individuais para pessoas físicas e coletivos firmados por empresas, associações e sindicatos.

Apesar de ter registrado um crescimento na carteira de seguro de vida no primeiro semestre desse ano, a corretora Willis Brasil sente os impactos da crise no mercado. “Os planos corporativos são os primeiros a sofrer as consequências devido à redução do quadro de funcionários das empresas. Porém, os brasileiros estão cada vez mais criando uma cultura de investir em seguros”, diz Christianne Baquette, diretora de Vida e Previdência da Willis.

Valor e perfil

De acordo com Marcus Marinho, gerente de produtos da Mongeral Aegon, o primeiro passo para uma pessoa contratar um plano de seguro de vida é saber exatamente quanto ela precisará de capital para se proteger ou sustentar sua família em caso de imprevistos.

“É importante pensar nos compromissos futuros, como as despesas com o estudo dos filhos, por exemplo. Também deve se atentar para os detalhes de cobertura e riscos, como se o seguro é temporário ou vitalício, se tem ou não a possibilidade de resgate e quais as condições para indenização”, orienta.

O valor a ser pago para contratação do seguro de vida, chamado no mercado de prêmio, pode variar de acordo com o tipo de produto escolhido e o perfil de risco do segurado.

O prêmio dependerá das características pessoais do contratante, como idade, estilo de vida, profissão e condições de saúde, além das coberturas desejadas. Questões como o capital segurado (indenização) e a vigência do contrato normalmente são negociadas entre segurado e seguradora.

O superintendente executivo da área de Vida e Previdência da Bradesco Seguros, Marcelo Rosseti, explica que, no caso do reajuste no valor da apólice, o critério de atualização também varia de acordo com o produto contratado.

“A atualização acontece anualmente considerando um determinado índice, por exemplo, o IPCA/IBGE, que irá reajustar o capital segurado a ser pago em caso de indenização, bem como o prêmio pago pelo segurado”.

Foto: idosos.com.br

Foto: idosos.com.br

Idosos

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a maioria das seguradoras faz restrições a pessoas com mais de 65 anos, sendo que algumas impõem limitações a partir dos 60 anos para a contratação da primeira apólice.

Uma decisão recente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região entendeu que a contratação de seguro de vida é facultativa e não se pode obrigar a seguradora a suportar riscos além dos quais deseje assumir.

O caso julgado envolve a Caixa Econômica Federal e o Ministério Público Federal. A discussão era sobre a legalidade de algumas cláusulas do contrato de seguro de vida da Caixa, que impediam a participação de idosos com mais de 70 anos.

O relator do caso, desembargador Manoel de Oliveira Erhardt, decidiu que a oferta de planos diferentes para melhor adaptação dos serviços da empresa aos variados perfis de consumidores não caracteriza abusividade.

“Não há discriminação contra o cidadão idoso nem abusividade da cláusula que restringe o grupo de seguráveis”, disse.

Atenção

É comum a confusão na hora de escolher entre um seguro de vida ou plano de previdência privada. É importante que o contratante avalie quais são suas prioridades em um horizonte de longo prazo: acumular dinheiro para a aposentadoria e compra da casa própria, por exemplo, ou garantir uma cobertura financeira no caso de uma eventualidade.

A previdência privada está mais relacionada com o planejamento do futuro e o acúmulo de reserva a partir de contribuições periódicas ou esporádicas que poderão ser utilizadas como melhor convier ao segurado, em forma de renda ou resgate de uma única vez.

“O seguro de vida está mais relacionado à reestruturação econômica da família diante de uma perda, porque o pagamento da indenização tem o objetivo de suprir as necessidades financeiras dos beneficiários”, diz Marcelo Rosseti, da Bradesco Seguros.

Trata-se, porém, de um investimento de médio ou longo prazo. Para os educadores financeiros Marcio Martins e Bruno Chacon, da DSOP Educação Financeira, dificilmente outra modalidade de investimento terá os mesmos benefícios garantidos pelo seguro de vida.

Segundo eles, a maioria trará o retorno financeiro de acordo com o que for investido, mas no caso de uma eventualidade, só o seguro de vida tem o poder de oferecer uma cobertura diferenciada em relação aos outros produtos de investimento.

Fonte: Thaís Restom/ Portal Previdência Total