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Crise turbina seguros para cobrir inadimplência

19 de outubro de 2015

seguro prestanistaA crise econômica e o aumento da taxa de desemprego, que alcançou a casa dos 8,3% no segundo trimestre de 2015, de acordo com IBGE, vem turbinando o mercado de apólices destinadas a evitar a inadimplência em caso de demissão no trabalho. São seguros que arcam com o valor das prestações de um contrato, como crediário, mensalidade escolar ou aluguel.

Atrelados ao risco de perda do emprego, esses produtos não cobrem salários, mas pagam as contas por um tempo limitado.

Também não são oferecidos ao consumidor final diretamente. O cliente tem acesso aos seguros através das instituições que os oferecem, seja uma loja, um banco, uma imobiliária ou universidade.

“O primeiro beneficiário deste tipo de seguro, até o limite da dívida, é a empresa credora. O consumidor contará com a tranquilidade de ter a sua dívida quitada caso aconteça algum imprevisto. Para a instituição que concede o crédito, é uma garantia de que a inadimplência poderá ser evitada, no caso da ocorrência do sinistro”, diz o diretor geral de Riscos de Pessoas do grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, Enrique De la Torre.

E a adesão vem crescendo, especialmente agora em razão da instabilidade financeira.

“É uma proteção a mais ao varejo e também para o consumidor, porque garante o risco da inadimplência. Hoje, as pessoas têm maior consciência da perda: se eu morrer, ou ficar inválido, vou deixar uma dívida para a família. Da mesma maneira que o educacional. O seguro permite a continuidade dos estudos dos filhos, por meio do pagamento das mensalidades, pelo período do ciclo escolar contratado”, afirma De la Torre.

Aluguel em dia

Na Icatu Seguros, um dos destaques na carteira é o produto Aluguel Protegido, oferecido em parceria com imobiliárias.

Ele funciona assim: ao alugar um imóvel, é oferecido ao cliente uma apólice para caso ele perca o emprego ou a renda. Ele pode acionar esse seguro para quitar alguns meses do seu aluguel.

Segundo a empresa, a cobertura protege a família do efeito de dívidas e da inadimplência, o que, no momento atual, é de grande relevância.

A aceitação tem sido boa e já há casos de pessoas que utilizaram em razão da demissão. A cobertura custa cerca de R$ 11 por mês.

Proteção vai do vestido de noiva à festa de casamento

O mercado oferece várias modalidades de seguros inusitados, que muita gente nem conhece.

A Porto Seguro, por exemplo, tem um produto voltado para casamentos. Há proteção para o vestido da noiva, contra danos no local da festa e até cobertura em caso de não comparecimento do noivo. “Mas só vale se ele tiver uma doença grave. A simples desistência não garante a indenização”, diz o gerente de Ramos Elementares, Marcelo Santana.

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Já na Allianz Seguros, as apólices voltadas para a “tranquilidade familiar” estão na crista da onda.

“Se o filho quebra a janela do vizinho, se o cão morde quem está passando na rua, se a reforma provoca uma rachadura na casa ao lado, são situações que o seguro cobre”, diz o diretor de Grandes Riscos, Luiz Carlos Meleiro.

Na tradição do golfe, um jogador que acerte a bola em uma única tacada paga a conta do bar para os demais competidores. Pois a Allianz oferece uma apólice para esses casos.

A Liberty especializou-se em seguros voltados para pequenas e médias empresas. “É o caso de um pet shop que tenha deixado o cão fugir ou do cabeleireiro que errou a mão na química”, diz o vice-presidente de Seguros Corporativos, Paulo Umeki.

Fonte: Janaína Oliveira – Hoje em Dia