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CCS-RJ pede impugnação de diretoria de autorreguladora

15 de outubro de 2015

Entidade afirma que gestão seria realizada pela diretoria do Sincor-RJ, o que “prejudicaria a categoria”

Jayme Torres, presidente do CCS-RJ | Foto: Divulgação

Jayme Torres, presidente do CCS-RJ | Foto: Divulgação

O Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro ingressou no último dia 24 de setembro com um pedido de impugnação da diretoria da Rio Arcos dos Corretores de Seguros, autorreguladora do setor em constituição no estado junto a Superintendência de Seguros Privados (Susep). De acordo com a entidade “é absurda a intenção da diretoria do Sincor-RJ de dirigir também a entidade, conforme declaração de propósito publicada na imprensa fluminense”. Jayme Torres, presidente do CCS-RJ, explica que as autorreguladoras têm como objetivo criar normas, regras e práticas de conduta para os corretores de seguros, fiscalizar se estão sendo adotadas e punir quem não estiver obedecendo. Enquanto que, a missão do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), conforme informado no site da instituição, “consiste na defesa e aprimoramento dos corretores de seguros, no exercício de suas atribuições e na defesa do consumidor de seguros e do instituto do seguro, em razão do seu grande sentido social”.

“Vamos supor que a autorreguladora Rio Arcos puna, de forma questionável, um corretor. Este, por sua vez, tem amplo direito legal de defesa. Quem ele irá procurar para se defender? O Sindicato e a mesma diretoria que o puniu?”, questiona Jayme. O presidente do CCS-RJ dá prosseguimento à denúncia, afirmando que “a diretoria, eleita há quase um ano, continua a adotar as mesmas práticas de falta de transparência quando lhe é conveniente, quando deveria propor um debate para indicação de outros nomes que pudessem dirigir a autorreguladora”, diz.
Em nota divulgada pelo Clube, outros problemas da categoria são citados: “multiplicam-se as Associações de Seguro, inclusive patrocinando programa de rádio de grande audiência mesmo depois de denúncias do CCS-RJ ao Sindseg-RJ e à própria Susep; o seguro popular de automóvel – que ajudaria a combatê-las – segue sem aprovação; e algumas operadoras de saúde ainda agem de forma arbitrária com os corretores, alterando regras de comercialização de contratos já vigentes e criando dificuldades na aceitação de riscos de determinadas atividades”.

“Os corretores do Rio de Janeiro já são punidos com o isolamento dos demais sindicatos coirmãos, representados pela Fenacor, entidade máxima da categoria. Com o presidente do Sincor-RJ presidindo também uma entidade que vai nos fiscalizar e punir, seremos reféns dos desígnios e vontades da diretoria do Sindicato”, declara o presidente do CCS-RJ.
A constituição da autorreguladora Rio Arcos dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro foi autorizada em assembleia realizada há mais de um ano no Sincor-RJ. A criação desta entidade transforma o Rio de Janeiro no único estado a não aderir ao Ibracor, autorreguladora já autorizada a funcionar pela Susep.

A repercussão nas redes sociais gera diversas opiniões, dentre as quais a do corretor de seguros Paulo Martins, de Petrópolis (RJ): “Não vejo nenhum problema para a instalação de uma autorreguladora, desde que tenha corretores eleitos pela categoria aqui do Rio de Janeiro. Criar autorreguladora sem a aprovação dos corretores é dar tiro no próprio pé. Quem irá fazer parte da associação de uma autorreguladora se não tiver confiança na mesma?”.

Procurado pela reportagem do Grupo JRS Comunicação, o Sincor-RJ ainda não se manifestou sobre o assunto. Citada nesta matéria, a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) também ainda não se pronunciou. O mesmo espaço foi concedido ao SindSeg-RJ/ES e a Superintendência de Seguros Privados.

Fonte: William Anthony/JRS com informações de VTN