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Catástrofes geraram perdas globais de US$ 175 bi em 2016

09 de janeiro de 2017

Em Rio do Sul há casas com água até o telhado|Foto: Caio Marçani/Divulgação

Em Rio do Sul há casas com água até o telhado|Foto: Caio Marçani/Divulgação

Relatório da Munich Reinsurance informa que os prejuízos provocados por terremotos, tempestades e outras catástrofes naturais alcançaram US$ 175 bilhões no ano passado. Trata-se do maior montante desde os desde US$ 180 bilhões em perdas sofridos em 2012. Apesar da soma bilionária em perdas, apenas US$ 50 bilhões foram absorvidos pela indústria mundial de seguros. “Após três anos de perdas de nat cat relativamente baixas, os números para 2016 estão de volta no meio do intervalo, onde se espera que sejam”, Torsten Jeworrek, membro da diretoria de Munich Re em Munique, em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Segundo o estudo, a Ásia foi a região mais afetada pelas catástrofes naturais, porque ocorreram terremotos em abril, no sul da ilha japonesa de Kyushu, provocando danos de US$ 31 bilhões, dos quais menos de 20% segurados, e inundações na China, em junho e julho, cujos prejuízos somaram US$ 20 bilhões- apenas cerca de 2% das perdas estavam seguradas, de acordo com o relatório de Munich Re.

Segundo o estudo, a América do Norte registrou mais eventos de perda em 2016 do que em qualquer outro ano desde 1980. Ou seja, 160 eventos registrados, representando US$ 55 bilhões, ou 33% de perdas globais de catástrofes naturais.  De acordo com o relatório, aproximadamente 54% das perdas na América do Norte de 2016 estavam seguradas em comparação com uma média de longo prazo de 44%.  Destaque para o furacão Matthew, sinistro avaliado US$ 10,2 bilhões em danos, com cerca de 37% dessas perdas seguradas e 601 mortes, de acordo com o relatório.

Matthew teve o maior impacto no Haiti, que ainda estava lutando para se recuperar do terremoto de 2010, já que resultou em cerca de 550 mortes no país e cerca de US$ 1,4 bilhão em danos, de acordo com a resseguradora. A tempestade também causou sérios danos na costa leste dos EUA.

À relação de perdas, acrescentem-se os incêndios florestais na cidade canadense de Fort McMurray, Alberta,  e grandes inundações no sul dos Estados Unidos naquele continente. O incêndio de Alberta gerou perdas de cerca de US$ 4 bilhões, dos quais 72% estavam segurados, enquanto inundações na Louisiana e em outros estados provocaram perdas de US$ 10 bilhões, 25% dos quais estavam segurados, informa o relatório. “Um olhar sobre as catástrofes relacionadas com o clima de 2016 mostra os efeitos potenciais da mudança climática não controlada”, disse Peter Hoeppe, diretor do Centro Geocratas de Riscos / Centro Corporativo de Munique, em Munique, em comunicado. “É claro que os eventos individuais não podem ser atribuídos diretamente às mudanças climáticas. Mas agora há muitos indícios de que certos eventos – como sistemas meteorológicos persistentes ou tempestades que trazem chuva torrencial e granizo – são mais prováveis ??de ocorrer em certas regiões como resultadas das mudanças climáticas”.

Fonte: CNSeg