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Brasil deve seguir perdendo grau de investimento, avalia economista

29 de dezembro de 2015

Agência Fitch reduziu nota do Brasil; Moodys deve seguir a tendência

Economista Gustav Gorsk

Economista Gustav Gorsk

A agência de rating Fitch seguiu a tendência da Standard & Poor’s e reduziu o grau de investimento do Brasil de BBB- para BB+. O segundo corte para o nível especulativo impede que muitos fundos de investimentos globais invistam no país por regulamentos internos. A Moodys, seguindo a tendência, também colocou a nota do País em revisão para possível rebaixamento.

O economista Gustav Gorsk elenca uma série de fatores já esperados pelo mercado, diante da maneira como as políticas econômica e fiscal vêm sendo conduzidas pelo governo brasileiro. “A perda do grau de investimento do Brasil pela agência de rating Fitch não é uma surpresa. A perspectiva de ratings negativos também não surpreende”, completa. “Hoje a foto que se tem da situação fiscal brasileira é bem complexa. Se nada radical for mudado iremos perder o BB+ e iremos para o BB-. Este movimento deve ser seguido na sequência pela Moodys, com isso, as três agências colocam o Brasil em grau especulativo”.

Ainda de acordo com o economista, a tendência negativa deve permanecer. “Como o mercado já havia pressionado bastante a situação. O que está acontecendo hoje é reflexo de uma possível saída de Levy [Ministro da Fazenda] e elevação da taxa de juros americana. É uma questão bem complexa, se o Brasil não resolver sua situação fiscal deve seguir perdendo rating ao longo de 2016”, conclui.

Segundo o jornal Valor Econômico, o ministro Joaquim Levy acertou sua demissão com a presidenta Dilma Rousseff há alguns dias. Levy teria acordado permanecer no Ministério enquanto o governo procura por um substituto e a situação política ainda é instável. O Planalto pediu a Levy que essa transição seja feita de maneira “suave e discreta” para evitar ao máximo impactos no mercado financeiro.