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BB deve aumentar juros no financiamento de imóvel

29 de novembro de 2015

Foto: STUDIO GRAND OUEST/Thinkstock

Foto: STUDIO GRAND OUEST/Thinkstock

O Banco do Brasil vai aumentar as taxas de juros cobradas em seus financiamentos imobiliários a partir do dia 2 de janeiro de 2016. As mudanças valem tanto para financiamento de imóveis enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com exceção da linha Pró-Cotista (que utiliza recursos do FGTS), como para imóveis enquadrados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

Para financiamentos de imóveis enquadrados no SFH, as taxas de juros para clientes sem relacionamento prévio com o banco, chamadas de taxa balcão, que eram fixadas em 11,29% ao ano mais a TR (Taxa Referencial) agora passam a variar entre 11,29% ao ano mais a TR até 11,49% ao ano mais a TR.

Ou seja, se antes o banco sempre aplicava uma taxa de 11,29% ao ano mais a TR, agora, dependendo do perfil de crédito do tomador, a taxa pode chegar a até 11,49% ao ano.

No caso de unidades do SFI, a taxa de balcão, que era sempre de 11,29% ao ano mais a TR, pode variar agora entre 12,29% ao ano mais a TR até 12,49% ao ano mais a TR.

Assim, se antes as taxas de balcão dos financiamentos do SFI e SFH eram fixadas em 11,29% ao ano, a partir de janeiro, as taxas do SFI serão bem maiores que as taxas do SFH, o que significa que o cliente que comprar imóveis de valores maiores deve sentir ainda mais o impacto do aumento dos juros.

As informações foram passadas a EXAME.com por fontes que trabalham em empresas parceiras do banco, que receberam a notícia por meio de um comunicado do BB. A assessoria de imprensa do banco não confirma a informação.

O SFH utiliza recursos da poupança para financiamentos de até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal e de até 650 mil reais nos demais estados. Como o sistema é regulado pelo Banco Central (BC), suas taxas não podem passar de 12% ao ano.

Já o SFI é o sistema usado para financiamentos de imóveis de valores maiores e utiliza recursos captados pelos próprios bancos entre investidores, por exemplo. Como o SFI não é regulado, os bancos não têm limite para cobrar juros nestas operações.

Vale ressaltar que os aumentos são válidos apenas para as taxas de balcão. Assim, clientes que já possuíam relacionamento com o banco podem não sentir diferenças.

Custo do financiamento pode aumentar em até 136 mil reais

O Canal do Crédito, site especializado na comparação de empréstimos e financiamentos, realizou, a pedido de EXAME.com, uma simulação para mostrar qual pode ser a elevação máxima no custo final do financiamento. Assim, foram comparados os custos para financiamentos com as antigas taxas de balcão, de 11,29% e 12,29%, e financiamentos com as novas taxas máximas de balcão, de 11,49% e 12,49%.

De acordo com a simulação, as novas taxas podem gerar custos adicionais de 136,9 mil reais no caso de um financiamento de um imóvel no valor de 800 mil reais, enquadrado no SFI. Se o valor do imóvel for de 500 mil reais, o que irá enquadrar a unidade no SFH, a nova taxa irá representar um aumento de 14,2 mil reais.

Fonte: Exame.com