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Apólice coletiva para frotas é mais vantajosa e reduz risco do negócio

02 de outubro de 2016

adriano-fernandes-da-sompo-segurosEmpresas de pequeno porte podem ter uma economia considerável de despesas se contratarem o seguro de seus veículos em uma única apólice (seguro autofrota). Atualmente a prática mais comum principalmente nas pequenas companhias, comentam especialistas, é que empresários, técnicos e vendedores utilizem os próprios veículos para desenvolver suas atividades. Apesar de aparentmente sedutora, a ideia pode colocar em xeque o negócio ao elevar o risco da empresa. “No Brasil, cerca de 75% dos veículos não são segurados. Apesar de não dispomos de dados estatísticos, há a percepção de que há muitas frotas sem seguro, por mais incrível que isso possa parecer. Há um potencial enorme a ser explorado”, afirma o diretor de produtos personal lines da Sompo Seguros, Adriano Fernandes.

De olho nesse filão de mercado, seguradoras apresentam coberturas, junto com serviços, voltadas às necessidades desse segmento. A Sompo, por exemplo, quer crescer 20% ao ano até 2020. “A meta é idêntica para o seguro de frota de veículos”, conta Fernandes.

A demanda tem sido crescente para o seguro autofrota. “Tivemos alta superior a 40% nas solicitações de cotações, com destaque para pequenas empresas”, afirma a superintendente de autofrotas da Liberty Seguros, Rebeca Edery. Na avaliação de especialistas, o maior interesse de pequenas e médias empresas pelo seguro autofrota está aliado à preocupação com a preservação do patrimônio. “Caso percam seus veículos, sem ter como arcar com o valor deles, o exercício das atividades da empresa de menor porte fica comprometido”, explica a executiva. Na Liberty Seguros, a empresa pode contratar o seguro como frota a partir de três veículos. Já na Sompo Seguros, as apólices de seguro emitidas a partir de seis veículos são identificadas como autofrota. “Notamos que as pequenas empresas contratam este seguro para, em média, 15 veículos”, explica Fernandes.

No caso de empresas de porte médio ou grande, que contam com frotas maiores, a tendência é a contratação do seguro autofrota, exclusivo de responsabilidade civil facultativo de veículos (danos materiais e danos pessoais causados a terceiros). Já a característica das empresas de pequeno porte, ao contratarem o seguro de autofrota para seus carros, é incluir na apólice coberturas completas e serviços que atendam às necessidades de suas atividades.

A apólice do seguro de autofrota, contratado por pequenas empresa pode abranger coberturas de colisão, abalroamento ou capotagem acidental, incêndio, roubo ou furto total ou parcial do veículo, queda acidental em precipícios ou de pontes, queda acidental sobre o veículo de qualquer objeto e submersão parcial ou totaldo veículo em situações de enchentes ou eventuais inundações. Em algumas seguradoras, é possível incluir coberturas de acidentes pessoais a passageiros e serviços de assistência 24 horas, incluindo reboque, reparo, chaveiro, troca de pneus, envio de novo motorista e despachante, entre outros. Também pode ser contratada a opção de carro reserva em caso de sinistro e reparo ou troca de vidros para eventual quebra ou trinca.

O preço do seguro de carro costuma ser calculado conforme a região de circulação do veículo e de acordo com o modelo do automóvel e idade dos condutores. No caso do seguro para frotas, a precificação das seguradoras é individual para cada cliente, considerando fatores como atividade da empresa, período de circulação dos veículos, localização da companhia, quantidade de veículos, modelo e idade de cada veículo da frota, além do índice de sinistralidade. Segundo especialistas, algumas características da frota podem ajudar a reduzir o prêmio. “Uma empresa sem registro de sinistros em determinado período conseguirá obter vantagens, conforme a política de bônus de cada companhia seguradora. Ou ainda se a empresa tiver veículos mais antigos e decidir fazer uma modernização da frota, também pode eventualmente reduzir o valor do prêmio, explica Fernandes.

O interesse crescente das empresas pelo seguro de autofrota nos últimos anos tem motivo. Um deles é a queda na recuperação dos veículos roubados. Segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, nos primeiros cinco meses de 2016, ocorreram 78.571 roubos e furtos de veículos em todo o estado, o que representa recuo de 3,3% em relação às 81.229 ocorrências desta natureza no mesmo período no ano passado. Porém, da mesma forma, foram recuperados 35.265 veículos entre janeiro e maio neste ano, enquanto em 2015 foram recuperados 38.839 veículos no mesmo período. Ou seja, em 2016, houve queda de 9,2% na recuperação.

O serviço de gerenciamento de risco não costuma ser exigido na contratação do seguro de autofrota para pequenas empresas, ainda que haja um grande temor em relação aos assaltos e furtos. Para maior controle, as seguradoras recomendam que o proprietário de empresas menores acompanhem o resultado das suas frotas e realize ações de gerenciamento de riscos sempre que necessário, pois a aceitação e a precificação de um risco dependem do histórico e sinistros de cada companhia.

“Oferecemos uma consultoria sobre gerenciamento de risco aos segurados com análises periódicas. Informamos o resultado das contas, recomendamos cursos de direção defensiva, realizamos reuniões periódicas com motoristas, sugerimos campanhas, participação na franquia e a instalação de rastreadores, dentre outras ações, conforme o tipo de sinistro que a empresa esteja enfrentando”, detalha a superintendente da Liberty Seguros.

Nas empresas de maior porte, no entanto, as seguradoras exigem a implantação de ações preventivas de gerenciamento de riscos para aprovar a venda das apólices. O gerenciamento inclui diversas ações, mas começa com a adoção de ações, como a instalação de rastreadores nos veículos ou de iscas no meio da carga. As iscas são equipamentos que possibilitam a recuperação de cargas, ainda que estejam sob ação de bloqueador de sinal. Elas podem ser inseridas em diferentes tipos de carga, inclusive nas congeladas ou nas transportadas a granel.

Fonte: DCI