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Anfavea espera reação das vendas em 2017

11 de setembro de 2016

Foto: Thinkstock

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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores (Anfavea), Antonio Megale, condiciona a recuperação das vendas de automóveis à reação da economia esperada para 2017. Ele mantém o prognóstico de queda de 19% nos licenciamentos de automóveis até o final do ano. Segundo ele, a demanda do mercado doméstico aumentou 1,4% em agosto sobre julho. Ele destacou que, embora no mês anterior as vendas tenham crescimento a uma taxa maior (5,6%), o número de unidades vendidas em agosto foi o mais elevado do ano. Contudo, o resultado só não foi mais expressivo, porque as vendas no Rio de Janeiro, o terceiro maior mercado no País, foram afetadas pelos feriados durante os jogos da Olimpíada Rio 2016. A desaceleração tem repercussão direta nas vendas de seguro de automóveis.

Na sua avaliação, a crise econômica torna-se uma oportunidade para aprovar as chamadas reformas estruturais, como exemplo, mudanças na Previdência Social e nas leis trabalhistas, ainda que tais matérias demandem tempo maior de discussão. Para ele, a curto prazo há também medidas que poderiam estimular os investimentos, como o corte nos gastos públicos. ”Acreditamos que o fator principal era a definição política e, agora, isso abre espaço para virar a página. Precisamos avançar nas reforma previdenciária e na legislação trabalhista para o País voltar a gerar empregos e ter crescimento do PIB ”, disse.

Para Megale, só o fato de estes temas começarem a ser discussões já resgata a confiança do mercado- empresários quanto de consumidores.

Segundo dados da Anfavea, o quadro de pessoal no setor estava em 125.980 trabalhadores em agosto, número que é 0,7% menor do que em julho e 6,2% abaixo de igual mês no ano passado. Segundo Megale, 22,3 mil pessoas estão atualmente em sistema de flexibilização do emprego, dos quais 2,5 mil em lay-off e 19,8 mil em regime de Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Exportação

O presidente da Anfavea disse que, em resposta às vendas internas mais fracas, as exportações continuarão sendo uma opção para abrir novos nichos no mercado. Pelos seus cálculos, as empresas estão de olho no potencial de 90 milhões de unidades que são comercializadas no mercado global. Em agosto, o setor faturou US$ 923,8 milhões em vendas externas, com variação negativa de 1,9% sobre julho último, mas com alta de 13,1% sobre o mesmo mês de 2015.

Produção

A Anfavea confirmou a projeção de produção para este ano, que deve ser 5,5% inferior a 2015 com 2,29 milhões de unidades. Em agosto, houve queda de 6,4%, com 177,7 mil unidades sobre julho. Na comparação com agosto de 2015, ocorreu queda de 18,4% e no acumulado deste ano retração de 20,1%. O resultado de agosto teve o impacto da paralisação na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo. Essa suspensão foi provocada, segundo a montadora alemã, por falta de peças.

Fonte: CNseg