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AEA: carros ficarão mais seguros e eficientes

10 de dezembro de 2015

Para a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Inovar Auto gerou melhorias energéticas nos carros

carroEm reunião realizada em São Paulo (SP), a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) apresentou um balanço das melhorias já consolidadas pelo Inovar Auto na indústria nacional de veículos em 2015. O programa de incentivo a novas tecnologias e melhorias de eficiência energética nos automóveis oferecidos no Brasil vigora desde 2012 e deve encerrar sua primeira fase apenas em 2017.

Um dos pontos principais do programa é exigência de redução de consumo de combustível na ordem de 12% em relação aos números de 2012. Ou seja, cada marca precisa apresentar melhorias para receber incentivos fiscais do governo federal. O número é medido por uma média de todos os veículos oferecidos por uma marca, não por carro específico. Quem não cumprir a meta até 2017 corre o risco de ter que pagar retroativamente por todos os incentivos recebidos.

“O Inovar Auto possibilitou a popularização do downsizing no Brasil”, afirma Edson Orikassa, diretor executivo da associação. E, de fato, os pequenos motores que usam turbo para gerar potência equivalente a de propulsores maiores está se popularizando. Um exemplo disso é o Volkswagen up! TSI, com motor 1.0 turbo de três cilindros capaz de entregar 105 cv com etanol. Mas não é só o turbo que está ajudando na redução do consumo de acordo com Orikassa: “vemos outras medidas como motores com menor atrito interno, pneus de menor resistência à rolagem e comando de válvulas variável”.

Outro ponto positivo do programa Inovar Auto até o momento foi a implementação do PBEV, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que mede os automóveis de acordo com a sua eficiência energética. “Hoje 76% de todos os carros de passeio vendidos no Brasil já participam do programa. A adesão é voluntária por enquanto, mas, a partir de 2017, será obrigatória”, conclui o diretor da AEA.

Obrigatoriedade do controle de estabilidade já está em estudos

Um dos trabalhos da AEA é analisar a viabilidade técnica de alterações que afetam a indústria nacional a pedido das próprias montadoras ou do governo. A questão mais recente que está sendo estudada é a inclusão do programa eletrônico de estabilidade como item obrigatório, assim como foi feito com airbag e freios ABS.

“Nós não temos poder de decisão nesse quesito, isso é papel do governo, mas as questões técnicas envolvidas já foram entregues às autoridades”, informa Edson Orikassa. Segundo o executivo, o ideal é oferecer de cinco a sete anos de prazo para que toda a indústria se adapte. O prazo pode parecer grande, mas leva em consideração que absolutamente todos os carros vendidos em território nacional tenham o equipamento, inclusive os que nunca tiveram esse item nem como opcional. Orikassa ainda levantou outro ponto importante sobre o prazo: “na Europa fora dados dez anos de prazo para a inclusão do controle de estabilidade como item obrigatório, nós já estamos pedindo a metade do tempo”.

Fonte: Icarros