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Farmacêutico explica quais as diferenças dos testes disponíveis no mercado

22 de maio de 2020

Farmacêutico analista clínico explica quais as diferenças dos testes disponíveis no mercado

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas cerca de 200 testes são realizados diariamente para diagnosticar o Covid-19. Mas você quais os tipos de testes que temos disponível no mercado? O PCR, que é considerado padrão ouro e a sorologia.

O farmacêutico analista clínico, João Vitor, explica que o PCR é uma metodologia de testagem molecular, que significa dizer que é identificado o material genético do vírus garantindo que a chance do falso negativo e falso positivo seja mínima. “Isso acontece desde que o exame seja coletado de forma correta, no momento correto, com os devidos cuidados”, pontuou.  Ele revela que o resultado será mais seguro desde que a coleta seja feita entre o segundo até o décimo segundo dia de sintomas. Fora deste prazo a carga de RNA viral tende a diminuir e a eficácia acaba por ser menor.

“Este é um exame mais caro comparado os demais disponíveis no mercado. A principal característica do PCR é que ele identifica a fase ativa da doença, o que pode ser vantajoso permitindo que o tratamento seja feito de forma mais rápida. Porém, ele não dá resposta se o paciente já teve e/ou foi curado permitindo assim que ele volte as atividades laborais e saia do isolamento total”, comentou.

Na sorologia o teste vai identificar os anticorpos que o vírus produz no nosso corpo. O farmacêutico pontua que serão identificados o IGM e o IGG que são as duas principais imunoglobulinas. Se o resultado do teste der IGM positivo significa que o paciente está na fase inicial e/ou ativa da infecção. Se for IGG positivo o resultado é de que o paciente foi positivo para o Covid-19 e está na fase de soro conversão que é a mudança fase ativa para fase de cura.

“O ideal é que o paciente se submeta este teste entre o sétimo e quadragésimo quinto dia do sintoma que permite que seja detectado os anticorpos produzidos pelo vírus e em que a fase ele está. Ele também traz o diagnóstico epidemiológico e social porque ajuda a ter um parâmetro aos pacientes testados para sair do isolamento, permitindo o retorno as suas atividades laborais”, revelou. Na avalição do farmacêutico o teste sorológico tem o melhor custo benefício.

João Victor faz um alerta quanto aos testes rápidos, que é um subtipo da sorologia. “O teste rápido é um tipo de teste sorológico mas ele usa uma metodologia específica chamada imunocromatografia”, explicou.  O farmacêutico diz que a sorologia de teste rápido apresenta menor especificidade e sensibilidade ao teste. Ou seja, a capacidade de detectar, diferenciar é menor podendo causar falsos positivos e/ou falsos negativos.

Para a metodologia de imunoflorescência de alta eficiência a sensibilidade e a especificidade é muito alta tornando o resultado muito seguro porque ele traz a quantidade de anticorpos permitindo saber em que fase da doença o paciente se encontra. “Estamos importando um equipamento para realizar no nosso laboratório o teste com imunoflorescência”, falou.