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Nova tabela de cobertura da ANS para Planos de Saúde

16 de janeiro de 2018

Empresas devem se preparar desde já para diminuir os gastos que virão na renovação dos contratos, alerta diretor da Vichiwork

A nova lista de cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em vigor desde o dia 2 de janeiro, estabelece a inclusão de 18 novos procedimentos – entre exames, terapias e cirurgias que atendem diferentes especialidades – e a ampliação de cobertura para outros sete procedimentos, incluindo medicamentos orais contra o câncer. Pela primeira vez está sendo incorporado no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde um medicamento para tratamento da esclerose múltipla. O Rol é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei. A nova lista atenderá 42,5 milhões de beneficiários que possuem planos de assistência médica e 22,6 milhões com planos exclusivamente odontológicos.

Ainda que positiva e aguardada pelos usuários de planos de saúde, a medida afetará diretamente o custo deste serviço. Afinal, quanto maior a cobertura, mais caro o plano. No Brasil, cerca de 80% dos usuários de planos de saúde têm acesso ao benefício através das empresas. As corporações contratam o serviço, que é oferecido aos seus funcionários na forma de benefício. Em média, os gastos com planos de saúde representam entre 8% a 12% da folha de pagamento. Como evitar que a ampliação da cobertura não represente um tiro no pé dos trabalhadores, quando o custo desses novos procedimentos chegar ao custo do benefício?

Segundo José Anselmo Neto, diretor da Vichiwork, consultoria de benefícios e treinamentos empresariais, responsável pela gestão de mais de 10.000 vidas em planos de saúde, os usuários (leia-se, empregados) sempre são afetados ao final do processo, caso a empresa não tenha uma gestão especializada dessa despesa. “Como os contratos empresariais possuem custos específicos para cada empresa, quem tem uma gestão eficiente pode absorver o aumento de coberturas e novas tecnologias de tratamentos sem impactar no custo final do plano”, diz ele. “Temos casos de clientes que, desde 2013, recebem reajustes abaixo de 10% nos contratos, o que é um grande resultado em um período onde o VCMH acumulou alta de mais de 100%”.

Período VCMH IPCA
Dez/13 16,00% 5,90%
Jun/14 17,70% 6,50%
Dez/15 19,30% 10,67%
Dez/16 20,40% 6,30%
Dez/17* 15,00% 3,40%

 

* Expectativa

Tabela de variação do VCMH ante IPCA

Como diminuir os danos causados por este aumento no custo dos planos?

A gestão profissional deste benefício por parte das empresas pode representar ganhos superiores a 25% na negociação com as operadoras e seguradoras, na renovação do contrato – que é quando o impacto da inflação médica e os custos derivados desses novos procedimentos irão bater nas portas das empresas.

Dados do IESS (Instituto de Estudos em Saúde Suplementar) demonstram que as fraudes e desperdício consomem anualmente 22,5 bilhões de reais das despesas de saúde suplementar no Brasil. De acordo com a ABRAMGE, associação que reúne as operadoras e seguradoras de planos de saúde, 20% do custo dos planos é derivado do mau uso por parte dos usuários (médicos e pacientes) que fazem mais exames dos que realmente são necessários. O resultado é que 35% dos exames não são sequer retirados dos laboratórios. O combate ao desperdício é o caminho por onde empresas e usuários poderão se beneficiar de coberturas cada vez maiores, com menos custos, o que só é possível com uma gestão dedicada e profissional.

 

Fonte: ANS